the objective of this study was to investigate the value of short-term video-EEG monitoring in a pediatric population with distinct clinical complaints in order to verify the benefits and limitations of this procedure.
Patients and methodsa prospective protocol, developed in the University of São Paulo, analyzed 38 consecutive patients (age ranging from 4 months to 17 years; mean 6.9 years). All patients were referred in order to establish the diagnosis. The patients were divided in the following groups according to the main clinical complaint: doubts about seizure/syndromic classification (Group I, n = 22); differential diagnosis with non-epileptic events (Group II, n = 8) and differential diagnosis between cognitive decline and status epilepticus (Group III, n = 8).
Resultsclinical episodes were observed in 36 patients (94.7%). In group I, seizures were reclassified in 11/22 (50%) patients and confirmed in eight (36.4%). One patient presented a sleep disorder and two did not present clinical events during monitoring. Syndromic classification was modified in nine (40.9%). In group II, four patients (50%) presented epileptic seizures; two had movement disorders and two, non-epileptic events. The cognitive deterioration was correlated with non-convulsive status epilepticus in five children (62.5%) of group III. Alterations of therapeutic and/or diagnostic approaches, as a consequence of monitoring, were performed in 21/38 (55.3%) patients.
Conclusionin our series, short-term video-EEG monitoring established a reliable diagnosis in most patients due to correlation between clinical and EEG data. This procedure was well tolerated by children, including infants and those with psychiatric disorders.
este estudo tem como objetivo investigar o valor do vídeo-EEG dia numa população pediátrica, com queixas clínicas diversas, verificando os benefícios e as limitações deste método.
Casuística e métodosum protocolo prospectivo, desenvolvido na Universidade de São Paulo, analisou 38 pacientes consecutivos (quatro meses a 17 anos; média 6,9 anos). Todos os pacientes foram encaminhados para elucidação do seu quadro clínico. Estes foram classificados, segundo sua queixa clínica principal, em: dúvidas sobre a classificação das crises/ síndromes epilépticas em 22 pacientes (grupo I); diagnóstico diferencial entre eventos epilépticos e não epilépticos em oito (grupo II); e diagnóstico diferencial entre declínio cognitivo e estado de mal epiléptico (EME) não convulsivo em oito pacientes (grupo III).
Resultadosepisódios clínicos foram registrados em 36 pacientes (94,7%). No grupo I, as crises epilépticas foram reclassificadas em 11/22 (50%) pacientes e confirmadas em oito (36,4%). Deste grupo, um paciente apresentou distúrbio do sono, e dois não apresentaram eventos clínicos durante a monitorização. A classificação sindrômica foi modificada em nove pacientes (40,9%). No grupo II, quatro pacientes (50%) apresentaram eventos epilépticos. A deterioração cognitiva estava associada com EME em cinco crianças (62,5%) do grupo III. Mudanças na conduta terapêutica e diagnóstica, como conseqüência da monitorização, ocorreram em 21/38 (55,3%) pacientes.
Conclusãoem nossa série, o vídeo-EEG dia estabeleceu o diagnóstico na maioria dos pacientes, relacionando os dados clínicos com os eletrencefalográficos. Este procedimento foi bem tolerado pelas crianças, incluindo lactentes e aquelas com doenças psiquiátricas.