to assess the efficacy of erythropoietin in the prevention and treatment of anemia of prematurity, correlating the use of this drug with weight gain, length, and head circumference and comparing two administration schemes of he same weekly dose: daily use and twice a week.
Methodsthe study comprised 42 premature newborns with gestational age up to 33 weeks, birthweight up to 1550 g, and postnatal age between 10 and 35 days. The newborns were randomized into three groups: patients in group 1 received seven daily doses of 100 U/kg erythropoietin per week; patients in group 2 received two 350 U/kg erythropoietin doses per week; and patients in group 3 did not receive the drug. Hematologic measurements, blood transfusion requirements, and growth rates were followed during therapy.
Resultscases and controls did not differ with respect to weight, length, head circumference, and total time of hospital stay. At the end of the study, no significant difference was observed in the platelet count measurement means, white blood cell count, and ferritin levels in the three groups. However, the final hematocrit and hemoglobin values of patients who did not receive erythropoietin were significantly lower than those of patients who received the drug. The absolute reticulocyte count mean was significantly higher in patients who received erythropoietin after two weeks of treatment when compared with those patients who did not receive the drug. Patients in group 1 e 2 received fewer excessive transfusions (2 or more) than patients in group 3. The administration of 700 U/kg/week erythropoietin significantly reduced the number of excessive blood transfusions. There is no significant difference in blood transfusion volume between patients who received erythropoietin on a daily basis and those who received the drug twice weekly.
Conclusionsthe use of erythropoietin did not influence weight gain and growth. The administration of 700 U/kg/week erythropoietin in premature infants with gestational age up to 33 weeks and birthweight up to 1550 g stimulates erythropoiesis and significantly reduces excessive blood transfusion requirements. Erythropoietin showed to be a safe and well tolerated medication, with no short-term side effects in the study population.
a proposta do presente estudo foi avaliar a eficácia da eritropoetina na prevenção e tratamento da anemia da prematuridade, correlacionar o uso desta medicação com o ganho de peso, comprimento e perímetro cefálico dos pacientes. Foi realizada também uma comparação entre o uso de eritropoetina diariamente e o uso duas vezes por semana, na mesma dose semanal.
Métodosensaio clínico que avaliou 42 recém-nascidos prematuros, com até 33 semanas de idade gestacional, peso de nascimento até 1550g e idade pós-natal entre 10 e 35 dias de vida. Os recém-nascidos foram randomizados em três grupos. Os pacientes do grupo 1 receberam 7 doses diárias, de 100U/kg cada, de eritropoetina, por semana, enquanto nos pacientes do grupo 2 foram administradas duas doses, na semana, de 350U/kg cada, e os pacientes do grupo 3 não receberam a medicação. Durante o tratamento foram quantificados índices hematológicos, as transfusões sangüíneas realizadas e o crescimento das crianças.
Resultadosos bebês dos grupos tratados e os do grupo controle não apresentaram diferença quanto ao peso, ao comprimento, ao perímetro cefálico e ao tempo de internação. Ao término do estudo não foi observada nenhuma diferença estatisticamente significativa quanto às médias dos valores das plaquetas, leucócitos totais e ferritina entre os três grupos estudados. Já a média final do hematócrito e da hemoglobina dos pacientes que não receberam a eritropoetina foi significativamente menor em relação àqueles que receberam a medicação. A média da contagem absoluta de reticulócitos, no final da segunda semana de tratamento, foi significativamente maior nos pacientes que receberam a medicação, quando comparada à dos que não utilizaram a eritropoetina. Os grupos 1 e 2 foram significativamente menos transfundidos excessivamente (2 ou mais ) que o grupo 3. A administração de eritropoetina, na dose de 700/kg/semana diminuiu de forma significativa o número de transfusões excessivas. Não houve diferença significativa quanto à quantidade de sangue transfundido entre os pacientes que recebem a eritropoetina diariamente quando comparados aos que recebem a droga duas vezes por semana.
Conclusõeso uso da eritropoetina não influenciou o ganho de peso e o crescimento. A eritropoetina administrada na dose semanal de 700UI/kg em prematuros com peso até 1550g e idade gestacional de até 33 semanas estimula a eritropoese e reduz de forma significativa o número de transfusões sanguíneas excessivas. Esta medicação mostrou ser segura, bem tolerada e sem paraefeitos a curto prazo.