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Vol. 83. Núm. 02.
Páginas 133-140 (março - abril 2007)
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Vol. 83. Núm. 02.
Páginas 133-140 (março - abril 2007)
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Morte encefálica: condutas médicas adotadas em sete unidades de tratamento intensivo pediátrico brasileiras
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Patrícia M. Lagoa, Jefferson Pivab, Pedro Celiny Garciac, Eduardo Trosterd, Albert Boussoe, Maria Olivia Sarnof, Lara Torreãog, Roberto Sapolnikh, Núcleo de Estudos em Ética em Pediatriai
a Pediatra intensivista, Unidade de Tratamento Intensivo Pediátrico (UTIP), Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Porto Alegre, RS. Doutoranda, Programa de Pós-Graduação em Pediatria e Saúde da Criança, Faculdade de Medicina, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS.
b Especialista. Professor assistente, Departamento de Saúde da Mulher e da Criança, Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES), Montes Claros, MG.
c Professor adjunto, Departamento de Pediatria, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS. Chefe associado, Unidade de Tratamento Intensivo Pediátrico (UTIP), Hospital São Lucas, PUCRS, Porto Alegre, RS.
d Professor adjunto, Departamento de Pediatria, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP. Chefe, Unidade de Tratamento Intensivo Pediátrico (UTIP), Instituto da Criança, USP, São Paulo, SP.
e Chefe, Unidade de Tratamento Intensivo Pediátrico (UTIP), Hospital Universitário, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP. Médico assistente, UTIP, Instituto da Criança, USP, São Paulo, SP.
f Pediatra intensivista e chefe, Unidade de Tratamento Intensivo Pediátrico (UTIP), Hospital da Criança de Salvador, Salvador, BA.
g Professora, Departamento de Pediatria, Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA. Pediatra intensivista e chefe, Unidade de Tratamento Intensivo Pediátrico (UTIP), Hospital Ernesto Simões Filho, Salvador, BA.
h Pediatra intensivista e chefe, Unidade de Tratamento Intensivo Pediátrico (UTIP), Hospital São Rafael de Salvador, Salvador, BA.
i Membros do Núcleo ººº de Estudos em Ética em Pediatria$$$, Brasil (NEEP-Br): Carolina Amoretti, RS, UTIP do Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Gleiber Rodrigues, RS, UTIP do Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Lisandra Xavier, RS, UTIP do Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Graziela de Araújo, SP, UTIP do Instituto da Criança, USP; Débora Oliveira, SP, UTIP do Instituto da Criança, USP; Claudio Fauzine, SP, UTIP do Instituto da Criança, USP; Jose Carlos Fernandes, SP, UTIP do Hospital Universitário, USP; Manuela Borges, BA, Hospital da Criança OSID; Luanda Costa, BA, Hospital da Criança OSID; Carine Junqueira, BA, UTIP do Hospital São Rafael; Valdi Junior, BA; UTIP do Hospital São Rafael; Rodrigo Athanasio, BA, UTIP do Hospital São Rafael; Estela Rocha, BA, UTIP do Hospital São Rafael; Maria Bernadete Lessa, BA, UTIP do Hospital Ernesto Simões Filho.
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Abstract
Objective

To assess the incidence of brain death (BD) and its medical management and adopted protocols after its diagnosis in seven pediatric intensive care units (PICUs) located in three Brazilian regions.

Methods

A cross-sectional and multicenter study was conducted, based on the retrospective review of medical records regarding all deaths that occurred between January 2003 and December 2004 in seven Brazilian PICUs of tertiary hospitals located in Porto Alegre (two), São Paulo (two) and Salvador (three). Two pediatric intensive care residents from each hospital were previously trained and filled out a standard protocol for the investigation of demographic data, cause of death, diagnosis of BD, related protocols and subsequent medical management.

Results

A total of 525 death patients were identified and 61 (11.6%) were defined as BD. The incidence of BD was different (p = 0.015) across the seven PICUs, but with no difference across the three regions. Intracranial hemorrhage was the most frequent cause of BD (31.1%). In 80% of the cases the diagnosis of BD was confirmed by complementary exams (south = 100%, southeast = 68% and northeast = 72%; p = 0.02). The interval between the diagnosis of BD and the withdrawal of life support was different (p < 0.01) across the three regions, being faster (p = 0.04) in the south (1.8±1.9 h) than in the southeast (28.6±43.2 h) and than in the northeast (15.5±17.1 h). Only six (9.8%) children with BD were organ donors.

Conclusion

Although a Brazilian law defining the criteria for the determination of BD has been in place since 1997, we verified that it is not followed as strictly as it should be. Consequently, unnecessary life support is offered to deceased individuals, and there is a discrete involvement of PICUs in organ donation.

Resumen
Objetivo

Avaliar a incidência de morte encefálica (ME), bem como as condutas e protocolos adotados após confirmação diagnóstica em sete unidades de tratamento intensivo pediátrico (UTIP) localizadas em três regiões brasileiras.

Métodos

Estudo transversal e multicêntrico baseado na revisão e análise retrospectiva de prontuários de todos os óbitos ocorridos entre janeiro de 2003 e dezembro de 2004 em sete UTIP localizadas em Porto Alegre (duas), São Paulo (duas) e Salvador (três). Dois residentes de cada serviço previamente treinados preencheram protocolo padronizado avaliando dados demográficos, causa do óbito, critérios para diagnóstico de ME e conduta médica adotada.

Resultados

Identificamos 525 óbitos, sendo 61 (11,6%) com diagnóstico de ME. A incidência de ME diferiu entre as sete UTIP (24,2 a 4,5%; p = 0,015), porém sem diferença nas três regiões (12, 15 e 7%; p = 0,052). A causa mais freqüente foi hemorragia intracraniana (31,1%). Em 80% dos casos, o diagnóstico clínico de ME foi confirmado por exame complementar (100% na Região Sul, 68% na Sudeste e 72% na Nordeste, p = 0,02). A retirada de suporte vital após diagnóstico de ME diferiu nas três regiões, sendo mais rápida (p = 0,04) no Sul (1,8±1,9 h) que no Sudeste (28,6±43,2 h) e Nordeste (15,5±17,1 h). Apenas seis (9,8%) crianças com ME foram doadoras de órgãos.

Conclusão

Apesar da lei que define critérios para ME existir no Brasil desde 1997, verificamos que ela não é obedecida uniformemente. Conseqüentemente, suporte vital desnecessário é ofertado a indivíduos já mortos, existindo ainda um modesto envolvimento das UTIP com doações de órgãos.

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Jornal de Pediatria
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