To analyze the influence of the perinatal, fetal or maternal pathological processes in the induction of intra or extrauterine death as a guideline to a better perinatal medical assistance.
MethodThe authors studied retrospectively 3,094 consecutive necropsy cases carried out in stillborn fetuses (NM) and newborns (ON) in the period between 1960 and 1995 in the SAP of HC, Curitiba. The data analyzed included sex, time of gestation and causes of death of fetus and newborns. All maternal conditions that might have contributed to intra or extrauterine fetal death were also studied.
ResultsThe prevalence of intrauterine death due to maternal diseases was two times higher than extrauterine. In contrast, the fetal diseases were responsible mainly for extrauterine deaths. Primary placental diseases were responsible for 30% of the deaths with low time of gestation and 40% of them in the end of gestation. The same group of diseases was responsible for only 15-9% of the extrauterine deaths. Diseases of labor contributed to 12-20% of deaths after birth while only 7 to 17% of intrauterine deaths.
ConclusionNecropsy studies contribute to the identification of pathologic processes which affect the patients of any medical center. If a pregnancy is associated with a certain disease, the epidemiologic data of this study can help to identify the period of major risk of death of the fetus or newborn.
Avaliar a influência das entidades clínicas perinatais, fetais e maternas, na indução do óbito intra ou extra-uterino como substrato a um melhor acompanhamento pré-natal.
MétodoRealizou-se um estudo retrospectivo de 3094 casos consecutivos de necropsia em natimortos (NM) e neomortos (ON) no período de 1960 a 1995 no Serviço de Anatomia Patológica do Hospital de Clínicas de Curitiba. Foram analisados dados como sexo, idade gestacional e as causas do óbito em cada período do seu desenvolvimento. Também foram estudadas todas as condições maternas que pudessem contribuir para morte fetal intra ou extra-uterina.
ResultadosObservamos que os casos com uma doença materna envolvida no processo de óbito apresentam probabilidade 2 vezes maior de morrer no interior do útero, em contraste com os casos de doenças fetais que vão a óbito mais freqüentemente após o nascimento. Conforme aumenta a idade gestacional, aumenta a porcentagem de óbitos intra-uterinos relacionados às doenças próprias da placenta, de 30 para 40%. Entre os óbitos neonatais devidos a estas mesmas doenças, a porcentagem é bem menor e diminui de 15 para 9% conforme se aproxima do termo. As doenças do parto foram responsáveis por 7 a 17% dos óbitos intra-uterinos contra 12 a 20% dos óbitos neonatais.
ConclusãoOs estudos de necropsia têm grande valor na identificação das entidades nosológicas que acometem a população atendida em determinado centro médico. Na vigência de uma gestação associada a determinados problemas, os dados epidemiológicos obtidos neste estudo podem auxiliar na identificação do período de maior risco de óbito do feto ou do recém-nascido.