To determine the prevalence of lactose malabsorption and its association with skin color and age in children and teenagers attending public schools in Porto Alegre, Brazil.
MethodsA cross-sectional study was performed with 225 subjects between 8 and 18 years attending two public schools in Porto Alegre, Brazil. Patients were randomly selected. Subjects were classified according to skin color (white and non-white) and age group (8 to 12 and 13 to 18 years). Lactose malabsorption was diagnosed using the breath hydrogen test after ingestion of 250 ml of whole cow milk. The test lasted for 3 hours, with collections after fasting and 60, 120, and 180 minutes after milk ingestion. Malabsorption was determined in the presence of increase of >20 ppm in hydrogen concentration regarding the basal levels.
ResultsTwo-hundred and twenty-five students were studied, with a mean age ± standard deviation of 12.2 ± 2.0 years. The subjects consisted of 134 females (59.6%); 154 white (68.4%); and 71 nonwhite. Lactose malabsorption was observed in 19/225 cases (8.4%). It was diagnosed in 8/154 white patients (5.2%) and in 11/71 non-white patients (15.5%) (p = 0.02). Regarding the age group, we found 15/143 cases of malabsorption in students between 8 and 12 years (10.5%), and 4/82 cases in students between 13 and 18 years (4.9%) (p = 0.227).
ConclusionsThe prevalence of lactose malabsorption in students attending public schools in Porto Alegre is significant, especially if we consider that the physiological doses (250 ml of milk) were used for diagnosis. The malabsorption rate was higher among non-white children, which confirms the influence of race on primary adult type hypolactasia. No association was observed between lactose malabsorption and age group.
determinar a prevalência de má absorção de lactose e sua associação com a cor da pele e com a idade em crianças e adolescentes de escolas públicas do município de Porto Alegre.
Métodosfoi realizado um estudo transversal, que incluiu 225 indivíduos de 8 a 18 anos, alunos de duas escolas públicas do município de Porto Alegre. A seleção dos alunos ocorreu através de sorteio. Os participantes foram classificados segundo a cor da pele (brancos e não-brancos), e a faixa etária (8 a 12 e 13 a 18 anos). A má absorção de lactose foi diagnosticada através do teste do hidrogênio expirado após ingestão de 250ml de leite de vaca integral industrializado. O teste teve duração de 3 horas, com coletas em jejum e aos 60, 120 e 180 minutos após a ingestão do leite. Foi considerado como critério de positividade o aumento > 20 ppm na concentração de hidrogênio em relação ao nível basal.
Resultadosforam estudados 225 alunos, com uma média e desvio-padrão de idade de 12,2 2,0 anos. Cento e trinta e quatro indivíduos eram do sexo feminino (59,6%). Cento e cinqüenta e quatro alunos eram de cor branca (68,4%) e os restantes, de cor não-branca. A má absorção de lactose foi evidenciada em 19/225 casos (8,4%). Ela foi diagnosticada em 8/154 alunos de cor branca (5,2%) e em 11/71 alunos de cor não-branca (15,5%) (p= 0,02). Em relação à faixa etária, ocorreram 15/143 casos de má absorção nos alunos entre 8 a 12 anos (10,5%), e 4/82 casos entre 13 e 18 anos (4,9%) (p= 0,227).
Conclusõesa prevalência de má absorção de lactose encontrada em alunos de escolas públicas de Porto Alegre é significativa, especialmente se considerarmos que foram utilizadas doses fisiológicas do dissacarídeo (250 ml de leite) para o diagnóstico. A taxa de má absorção foi maior entre as crianças de cor não-branca em relação às crianças de cor branca, confirmando a influência racial na hipolactasia primária do tipo adulto. Não foi encontrada associação entre má absorção de lactose e faixa etária.