To investigate the survival of children with acute myeloid leukemia (AML) before and after the introduction of a Berlin-Frankfurt-Munich-83 based protocol. To analyze the prognostic impact of age, gender, nutritional status, initial white blood cell count and use of etoposide in the remission induction phase.
MethodsThis partly prospective/retrospective study comprised 83 children with AML diagnosed at Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Minas Gerais, Brazil, between 1986 and 2000. Before 1991, 15 children were treated with 2-3 pulses of cytarabin plus daunomycin, followed by several consolidation/maintenance schemes. From January 1991 to November 1992 a pilot study (n = 15) was carried out to test etoposide toxicity in the induction phase. Etoposide was randomized from December 1992 to June 1999.
ResultsMedian follow-up period was 5 years. Initial remission rates were 40 and 66% before or after the introduction of the German protocol, respectively (p = 0.11). Induction failure was largely due to death caused by infection and/or hemorrhage. The 5-year estimated probabilities of survival and of continuous complete remission were 31±5.4% and 49.7±7.4%, respectively. All 22 relapses involved the bone marrow. Age below 6 years at diagnosis was significantly associated with a poor prognosis. Sex, initial leukocyte count, and nutritional variables were not significant prognostic factors. The randomized addition of etoposide in the induction phase unexpectedly decreased the probability of complete remission at 5 years.
ConclusionsThe introduction of a German-based protocol in 1991 significantly improved survival and duration of first remission. No plausible explanation for the unfavorable effect of etoposide was found.
Verificar a sobrevida de crianças com leucemia mielóide aguda antes e após a adoção de quimioterapia baseada no protocolo Berlim-Frankfurt-Munique-83. Analisar a influência prognóstica dos fatores idade, gênero, estado nutricional, leucometria inicial e introdução da droga etoposida na fase de indução da remissão.
MétodosEstudo prospectivo/retrospectivo com 83 crianças portadoras de leucemia mielóide aguda, diagnosticadas no Hospital das Clínicas da UFMG entre 1986 e 2000. Até 1990, 15 crianças foram tratadas com dois a três ciclos de citarabina e daunorrubicina, seguidos de esquemas variados de consolidação/manutenção; de janeiro de 1991 a novembro de 1992, 15 pacientes em estudo piloto utilizaram etoposida na fase de indução do protocolo alemão; de dezembro de 1992 a junho de 1999, a etoposida foi utilizada aleatoriamente.
ResultadosO tempo mediano de seguimento foi de cinco anos. As taxas de remissão iniciais foram de 40% e 66%, antes e após a adoção do protocolo alemão (p = 0,11). O óbito durante a indução, causado por infecções e/ou hemorragia, foi a principal causa para não se obter a remissão. As probabilidades estimadas de sobrevida e de remissão clínica completa aos cinco anos foram de 31%±5,4% e 49,7%±7,4%, respectivamente. Recidivas ocorreram em 22 casos, todas medulares. Crianças abaixo de seis anos de idade tiveram prognóstico significativamente pior. Gênero, leucometria inicial e estado nutricional não influenciaram o prognóstico. Crianças que aleatoriamente utilizaram a etoposida tiveram a duração da remissão menor do que aquelas que não a usaram.
ConclusõesA utilização de terapia baseada no protocolo alemão melhorou o prognóstico. A administração da etoposida foi desfavorável, não se encontrando explicação plausível para tal observação.