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Vol. 79. Núm. S2.
Páginas 169-176 (novembro - dezembro 2003)
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Insuficiência adrenal na criança com choque séptico
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Carlos H. Casartellia, Pedro Celiny Ramos Garciab, Jefferson P. Pivac, Ricardo Garcia Brancod
a Mestrando do curso de Pós-graduação em Pediatria da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Médico Intensivista Pediátrico do Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas e do Hospital de Pronto-Socorro de Porto Alegre.
b Professor Adjunto de Pediatria e Regente da Disciplina de Terapia Intensiva Pediátrica do Curso de Pós-Graduação em Pediatria da Faculdade de Medicina da PUCRS, Médico Chefe do Serviço de Terapia Intensiva e Emergência do Hospital São Lucas da PUCRS.
c Professor Adjunto dos Departamentos de Pediatria das Faculdades de Medicina da PUCRS e UFRGS. Mestre e Doutor.
d Médico residente do Serviço de Terapia Intensiva e Emergência Pediátrica do Hospital São Lucas da PUCRS.
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Abstract
Objective

To review the criteria for diagnosing and treating adrenal insufficiency in patients with septic shock.

Sources of data

Articles published in Brazilian and foreign journals selected through these publications' websites and Medline, as well as references cited in key articles

Summary of the findings

The literature reports a range betwen 17 and 54 % for the finding of adrenal insufficiency in patients with septic shock. There is no consensus for diagnosing adrenal insufficiency in patients suffering from critical diseases, particularly in patients with septic shock. The presence of volume-refractory and catecholamine-resistant septic shock suggests this condition, while basal cortisol under 25 μg/dl is a diagnostic criterion indicating adrenal insufficiency. The adrenal stimulation test is a useful resource for identifying patients with relative adrenal insufficiency. Our testing option for adrenal stimulation in children is the use of corticotropin in low doses (0.5 μg/1,73 m2). An increase of less than 9 μg/dl in the value of postcorticotropin-stimulated cortisol suggests the presence of occult (relative) adrenal insufficiency. In patients with septic shock presenting adrenal insufficiency, either suspected or confirmed, the administration of hydrocortisone in shock or stress doses can be vital for a favorable clinical outcome.

Conclusions

The existing data, although controversial, already provides a basis to determine when to begin hormone replacement therapy, the serum level of cortisol accepted as adequate, and the choice of corticotropin doses for performing the adrenal stimulation test and diagnosing occult or relative adrenal insufficiency in patients with septic shock.

Resumen
Objetivo

Revisar os critérios para o diagnóstico e o tratamento da insuficiência adrenal nos pacientes com choque séptico.

Fontes dos dados

Artigos publicados em revistas nacionais e internacionais, selecionados nas suas páginas eletrônicas e através do Medline, bem como referências citadas em artigos chaves.

Síntese dos dados

Nos trabalhos publicados na literatura, o achado de insuficiência adrenal em pacientes com choque séptico tem variado entre 17% a 54%. Os dados publicados até a presente data, na literatura consultada, revelam a inexistência de um consenso para o diagnóstico da insuficiência adrenal em pacientes com doenças críticas, particularmente naqueles com choque séptico. A presença de choque refratário a volume e resistente a catecolaminas pode ser aceito como sugestivo, enquanto que um cortisol basal inferior a 25 μg/dl é um critério diagnóstico indicativo de insuficiência adrenal. O teste de estimulação adrenal é um recurso útil na identificação dos pacientes com insuficiência adrenal relativa. Nossa opção de teste para estimulação adrenal em pediatria é a utilização de corticotropina em baixas doses (0,5 μg/ 1,73 m²). Um aumento inferior a 9 μg/dl no valor do cortisol pós-teste sugere a presença de insuficiência adrenal oculta (relativa). Nos pacientes com choque séptico apresentando insuficiência adrenal, suspeita ou confirmada, a utilização de hidrocortisona em dose de choque ou de estresse pode ser vital na sua evolução favorável.

Conclusões

Os dados existentes na literatura, embora controversos, já nos permitem especular sobre quando iniciar o tratamento de reposição hormonal, sobre qual o nível sérico de cortisol aceito como adequado e em relação à escolha da dose de corticotropina, para a realização do teste de estimulação adrenal e diagnóstico de insuficiência adrenal oculta ou relativa nos pacientes com choque séptico.

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