To evaluate the frequency of the main respiratory viruses in hospitalized children affected by acute lower respiratory tract disease at a university hospital.
MethodsThis prospective trial included two cohorts of hospitalized children from April to July 1996. Grouping criterion was the presence of lower respiratory tract disease on admission: Group A - with acute disease (history of less than 7 days); and Group B - without present or recent respiratory disease. The parameters to define lower respiratory tract disease were physical and/or radiological pulmonary findings. Clinical and radiological criteria were established for the classification of lower respiratory tract diseases in group A. Nasopharyngeal swabs were collected from all children on admission for viral detection by cellular cultures and direct immunofluorescence.
ResultsWe selected 201 cases, 126 in group A and 75 in group B. We identified viruses in 71 children from group A (56.4%) and only in 3 from group B (4.0%). The predominant agent in group A was respiratory syncytial virus, identified in 66 cases; adenovirus (4) and influenza (1) were detected in other patients. In group B, we identified two patients with respiratory syncytial virus and one with adenovirus. The patients from group A affected by respiratory syncytial virus were younger (median age: 3 months) and more wheezy at physical examination (78.7%) than the other patients (median age: 13 months; wheezy: 33.3%) in the same group. This virus was associated with most of the bronchiolitis cases (84%) and with 46.4% of the pneumonia cases.
ConclusionWe found a significant presence of viruses in most children hospitalized with acute lower respiratory tract disease. The respiratory syncytial virus was the predominant agent identified. These results are similar to others previously reported both in developed and some developing countries. The present study only partially evaluated the possibility of simultaneous infection by other pathogens, and was conducted during the season with the highest incidence of respiratory syncytial virus.
Avaliar a freqüência dos principais vírus respiratórios em crianças internadas por doença do trato respiratório inferior em hospital universitário.
MétodosFoi realizado estudo prospectivo que incluiu duas coortes de crianças internadas no período de abril a julho de 1996. Os grupos foram selecionados segundo a presença de patologia do trato respiratório inferior: Grupo A- com doença aguda (tempo de história inferior a sete dias), e B- sem patologia respiratória presente ou recente. Os parâmetros para definição de doença do trato respiratório inferior incluíram alterações na propedêutica pulmonar e/ou às radiografias simples do tórax. Foram pré-definidos critérios clínicos e radiológicos para classificação das doenças do trato respiratório inferior no grupo A. Foi coletado, à internação, material da nasofaringe de todas as crianças para detecção de vírus, através de cultura em meio celular e por imunofluorescência direta.
ResultadosForam selecionados 201 casos, 126 no grupo A e 75 no grupo B. Foram identificados vírus em 71 crianças do grupo A (56,4%), enquanto eram somente 3 no grupo B (4,0%). Nas crianças do grupo A foi predominante o vírus respiratório sincicial, detectado em 66 casos, sendo também identificados adenovírus (4) e influenza (1) em outros pacientes. No grupo B foram identificados dois pacientes com vírus respiratório sincicial e um com adenovírus. Os pacientes do grupo A que apresentavam vírus respiratório sincicial tinham mediana de idade (3 meses) menor do que os outros casos deste grupo (13 meses) e apresentavam mais sibilância ao exame físico (78,7% versus 33,3%). Este vírus esteve associado à maior parte dos casos de broquiolite (84%) e à metade das pneumonias (46,4%).
ConclusõesOs autores constataram uma significativa presença de vírus na maior parte dos casos de crianças internadas com patologia aguda do trato respiratório inferior. O vírus respiratório sincicial foi o agente predominante. Estes resultados são semelhantes aos verificados previamente em pesquisas realizadas em países desenvolvidos e de alguns em desenvolvimento. Ressalvam os autores que o presente estudo avaliou apenas parcialmente a possibilidade de infecção simultânea por outros patógenos e foi realizado durante o período anual de maior freqüência do vírus respiratório sincicial.