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Vol. 75. Núm. S1.
Páginas 15-30 (julho - agosto 1999)
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Infecções congênitas e perinatais
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Aparecida &Ÿuml;. &Ÿuml;amamotoa, Marisa Márcia Mussi-Pinhatab
a Médica Assistente do Depto. de Puericultura e Pediatria do Hospital das Clínicas da FMRP-USP. Doutora em Pediatria pela FMRP-USP.
b Doutor em Pediatria. Profa. Dra. do Departamento de Puericultura e Pediatria da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. Docente e Membro do Setor de Neonatologia deste Departamento.
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Abstract
Objective

To review current knowledge about congenital and perinatal infections - their epidemiology in Brazil, mother-to-infant transmission, diagnosis, treatment and prevention - focusing on particular aspects of infections by T. pallidum, hepatitis B virus, human immunodeficiency virus, cytomegalovirus (CMV) and T. gondii.

Methods

We searched MEDLINE for the main papers published in the last 10 years.

Results

Congenital or perinatal infections can occur in up to 10% of newborns. Although there are few Brazilian studies about these infections, available data suggest their relevance, especially of those caused by T. pallidum, HIV and CMV. These infections may lead to long-term sequelae, and at least 50% of the infected newborns are asymptomatic. It is, therefore, necessary to identify infected pregnant women early to implement specific preventive measures. Presently, laboratory methods available for early diagnosis of fetal or neonatal infections are predominantly assays for detection of IgA or IgM specific antibodies and of fragments of the microorganism nucleic acids by polymerase chain reaction. Treatments available now have limited success, as they often fail to substantially influence the prognosis for infected infants. New treatments and outcome studies are necessary.

Conclusions

Congenital and perinatal infections are a relevant problem, and main current advances are in prevention and laboratory diagnostic methods for pregnant women, fetuses or infants.

Resumen
Objetivo

Os autores tiveram como objetivo realizar uma revisão atualizada sobre infecções congênitas e perinatais, salientando aspectos de sua epidemiologia no Brasil, da transmissão mãe-filho, do diagnóstico, do tratamento e da prevenção, abordando particularidades referentes aos agentes T. palidum, vírus da hepatite B, vírus da imunodeficiência humana (HIV), citomegalovírus (CMV) e T. gondii.

Métodos

Obtiveram-se, por meio de busca eletrônica no banco de dados Medline, artigos publicados nos últimos 10 anos referentes ao tema, selecionando-se aqueles que trouxessem novas informações.

Resultados

Infecções congênitas ou perinatais podem ocorrer em até 10% dos nascidos vivos. Embora deva ser considerada a carência de estudos brasileiros, há dados que indicam a sua relevância, principalmente quanto à ocorrência de infecção pelo T. pallidum, HIV e CMV. Pelo menos 50% dos recém-nascidos infectados são assintomáticos. Entretanto, devido a essas infecções poderem causar seqüelas futuras, é necessária a identificação precoce de gestantes infectadas para a implementação de medidas específicas de prevenção. Atualmente, métodos laboratoriais que permitem diagnosticar infecções fetais ou neonatais precocemente são disponíveis. Esses são principalmente baseados em técnicas de detecção de anticorpos IgA ou IgM e de seqüências nucleotídicas do microorganismo pela reação da polimerase em cadeia. Os avanços no tratamento ainda são limitados, pois não modificam substancialmente o prognóstico das crianças infectadas, havendo necessidade de novos estudos.

Conclusões

As infecções congênitas e perinatais representam problema relevante, cujos principais avanços atuais referem-se à sua prevenção e aos métodos diagnósticos aplicáveis à gestante, ao feto e à criança.

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