the purpose of this study was to evaluate the possibility for collecting data on nosocomial infections by means of death certificates.
Methodsthe medical charts of children who died after 48 hours of their admission to a pediatric hospital were revised to get information about the causes of death. Death certificates were also revised to verify whether they were properly filled out. The death certificates were redrafted according to the data obtained from patients' medical charts. Nosocomial infections and procedures related to them were codified using the Supplementary External Causes of Injury and Poisoning codes of the International Disease Classification - 9th Revision.
Resultsthe causes mentioned on medical death certificates compared with revised causes obtained after revision of patients' charts showed an agreement of 69.9%, with a Kappa coefficient of 0.65. Only one case of nosocomial infection was found on original death certificates, whereas the redrafted certificates revealed 88.9% of nosocomial infections in the study population up to fifteen days before death.
Conclusiondeath certificates are not a good source of information on nosocomial infection because they are often filled out inadequately. The solution to this is to qualify physicians so that they can identify and record nosocomial infections on the patient's medical chart and complete death certificates accordingly.
este estudo se propôs a avaliar a possibilidade de se obter informações de infecção hospitalar por meio da declaração de óbito.
Material e métodosfoi feita revisão de prontuários de crianças que faleceram com mais de 48 horas de internação num hospital pediátrico, para coleta de dados sobre as causas múltiplas de morte. Também foram revistas as declarações de óbito, para verificar sua qualidade de preenchimento. Os atestados de óbito foram refeitos segundo as informações do prontuário, utilizando-se a classificação suplementar de causas externas de lesões e envenenamentos da Classificação Internacional de Doenças - 9ª revisão, para codificar as infecções hospitalares e procedimentos associados.
Resultadosapós refazer os atestados, observou-se concordância da causa básica de morte entre atestados originais e refeitos de 69,9%, com índice de Kappa de 0,65. No atestado médico original, identificou-se somente uma infecção hospitalar, enquanto pelo atestado refeito recuperaram-se 88,9% de todas as infecções hospitalares, ocorridas nas crianças, até 15 dias antes do óbito.
Conclusãoa qualidade de preenchimento dos atestados de óbito não permite utilizar as declarações de óbito como fonte de dados de infecção hospitalar, a não ser que haja capacitação dos profissionais médicos para identificar e registrar as infecções hospitalares no prontuário, bem como preencher os atestados adequadamente.