Morbidity and mortality of premature infants have decreased considerably over the last decades, therefore, adequate nutrition of the premature is a major concern. Enteral feeding is the route of choice, but when it is not possible the parenteral route, which contains glucose as one of its main components, is used. Glucose infusions are not devoid of risk as they facilitate the development of hyperglycemia leading to intracranial hemorrhage, glucosuria and dehydration. The aim of this paper is to relate hyperglycemia and glucosuria to birth weight, gestational age and glucose infusion rate.
MethodsThe study was developed at the Nursery of Santa Catarina Hospital (São Paulo). The authors developed a prospective study; 511 concurrent determinations of glycemia and qualitative glucosuria were performed in 40 preterm newborn infants receiving parenteral glucose (mean of 12.8 dosages per newborn).
ResultsFifty-nine (11.5%) episodes of hyperglycemia were detected, and their frequency was higher at lower gestational ages (<34 weeks), lower birth weights (< 1500g) and higher glucose infusion rates (> 6 mg/kg/min). Thirty-one (6.1%) episodes of glucosuria were detected, and were more frequent in lower gestational ages (< 34 weeks), lower birth weights (< 1500g) and higher glucose infusion rates (> 6 mg/kg/min).
ConclusionsThe frequency of hyperglycemia and glucosuria in preterm newborn infants receiving glucose infusion was higher in lower gestational ages, lower birth weights and higher glucose infusion rates. In preterm newborn infants it is necessary to observe the glucose infusion rate and its respective glycemia, in order to avoid the complications of hyperglycemia.
Devido à diminuição da morbimortalidade em recém-nascidos pré-termo, é preocupação cada vez maior nutri-los adequadamente. A alimentação enteral nem sempre é possível, tornando-se necessária a parenteral, que tem como um de seus componentes principais a glicose. Esta não é isenta de riscos, facilitando o aparecimento de hiperglicemia e podendo acarretar glicosúria, desidratação e hemorragias intracranianas. O objetivo desta pesquisa é avaliar a influência da idade gestacional, do peso de nascimento e da velocidade de infusão de glicose sobre hiperglicemia e glicosúria.
MétodosA pesquisa foi conduzida no Berçário do Hospital Santa Catarina (São Paulo). Foi desenvolvido um estudo prospectivo com 40 recém-nascidos pré-termo recebendo glicose parenteral, nos quais realizaram-se 511 determinações concomitantes de glicemia sanguínea e glicosúria, com média de 12,8 dosagens por recém-nascido.
ResultadosForam encontrados 59 (11,5%) episódios de hiperglicemia, com maior freqüência em idades gestacionais menores do que 34 semanas, pesos de nascimento inferiores a 1500g e velocidades de infusão de glicose superiores a 6mg/kg/min. Foram detectados 31 (6,1%) episódios de glicosúria, sendo mais freqüentes em idades gestacionais inferiores a 34 semanas, pesos de nascimento menores do que 1500g e velocidades de infusão de glicose superiores a 6mg/kg/min.
ConclusõesA freqüência de hiperglicemias e glicosúrias em recém-nascidos pré-termo recebendo soluções parenterais de glicose foi maior em idades gestacionais mais baixas, pesos de nascimento menores e velocidades de infusão de glicose mais elevadas. Quanto mais imaturo o recém-nascido, maior atenção deverá ser dada à taxa de infusão de glicose e à monitorização freqüente da glicemia, para que as complicações da hiperglicemia não sejam instaladas.