The objective of this study was to identify risk factors associated with malnutrition and morbidity in the population of children accompanied by the Child Health Care Program in Embu, São Paulo (Brazil), with the aim of giving a better direction to health activities.
MethodsThe case-study was constituted by a cross-section of 1024 children, corresponding to 25,0% (probabilistic sistematic sample) of the total of children under 12 months registered in six primary health care centers in the Municipality, during the period from July 1988 to July 1989. The risk factors were analyzed according to the presence or absence of hospitalization and weight evolution - favorable or unfavorable - until two years of age. For the statistical analysis the multivaried approach was used, through the tecnique of logistic regression.
ResultsOf a total of 1024 children, 428 (39.1%) were classified as high risk, 658 (60.1%) as low risk and 8 (0.8%) presented pathologies at their first appointment, being excluded from the analysis. Prematurity (adjusted RR = 3.35), serious illness in the newborn (adjusted RR = 4.12) and the death of a younger brother or sister of less than five years (adjusted RR = 2.70) constituted risk factors for hospitalization in the first two years of life. Weight at birth between 2500 and 2750 g (adjusted RR = 2.46), brother or sister with malnutrition (adjusted RR = 4.17) and maternal age of 18 years old or less (adjusted RR = 1.87) constituted risk factors for unfavourable weight evolution.
ConclusionsThese results, as well as the process of carrying out this study, supported the reformulation of the Child Health Care Program in Embu, permitting differentiated action for the highest risk group, thus garanteeing the essential for all.
O objetivo do estudo foi identificar fatores de risco associados à desnutrição e morbidade na população de crianças acompanhadas no Programa de Atenção à Saúde da Criança no município do Embu, São Paulo (Brasil), visando o melhor direcionamento das ações de saúde.
MétodosA casuística foi constituída por uma coorte de 1094 crianças, que correspondia a 25,0% (amostra sistemática probabilística) do total de crianças menores de 12 meses inscritas em 6 unidades básicas de saúde do município, no período de julho de 1988 a julho de 1989. Os fatores de risco foram analisados segundo a presença ou ausência de internação e evolução ponderal - favorável ou desfavorável - até os dois anos de idade. Para a análise estatística utilizou-se a análise multivariada, pela técnica de regressão logística.
ResultadosDo total de 1094 crianças, 428 (39,1%) foram classificadas como -alto risco-, 658 (60,1%) como -baixo risco-S e 8 (0,8%) apresentavam patologias na primeira consulta, sendo excluídas da análise. A prematuridade (RR ajustado=3,35), as intercorrências neonatais graves (RR ajustado=4,12) e a morte de irmão menor de cinco anos (RR ajustado=2,7) constituíram-se em fatores de risco à internação nos primeiros dois anos de vida. A faixa de peso ao nascer entre 2500 e 2750 gramas (RR ajustado=2,46), a presença de irmão desnutrido (RR ajustado=4,17) e a idade materna menor ou igual a 18 anos (RR ajustado=1,87) constituíram-se em fatores de risco para evolução ponderal desfavorável.
ConclusõesEsses resultados, bem como o processo de condução deste estudo, subsidiaram a reformulação do Programa de Atenção à Saúde da Criança no Embu, permitindo uma atuação diferenciada para o grupo de maior risco, garantindo-se o essencial para todos.