The purpose of this study was to obtain data on the clinical evolution and risk factors related to asthma in children followed as outpatients in our Division of Allergy.
MethodsThe asthmatic group consisted of 165 children (107 boys, 58 girls), between the ages of 3 and 14 years. All children were atopic and had a positive skin prick test to D. pteronyssinus. The control group consisted of 40 healthy children (20 boys, 20 girls), within the same age range, without personal history of asthma or other atopic disease and with negative skin prick test to D. pteronyssinus. The mothers were interviewed to obtain data on: a) clinical evolution, b) family history of asthma or any other atopic disease, c) description of the house environment.
Results1) in approximately half of the cases symptoms started on the first year of life. Mothers were not informed of the condition at the time; 2) upper respiratory tract infections and bronchiolitis were responsible for triggering the first wheezing episode in most cases and remain the main precipitating factors in the first year of the disease whilst allergens, irritants, sinusitis, physical exertion and emotional factors were the main precipitating factors between the ages of 5 and 13; 3) changes in climatic conditions precipitated acute attacks throughout the evolution of the disease and; 4) asthma was not the only allergic manifestation, allergic rhinitis being the most frequent associated condition; 5) family history of atopy (Relative Risk (RR) = 2,40; 95% confidence interval (CI95%) = 1,60-3,50); maternal history of asthma (RR = 2,23; CI95% = 1,10-4,63) and the presence of smokers in the house (RR = 2,30; CI95% = 1,20-4,31) were the main risk factors for the manifestation of asthma.
Conclusionsa) there were no differences between boys and girls regarding the evolutionary aspects, b) asthma was underdiagnosed, c) family history of atopy, maternal history of asthma, and the presence of smokers in the house were risk factors for the manifestation of asthma.
O objetivo deste estudo foi obter dados sobre a evolução clínica e os fatores de risco relacionados às manifestações de asma em crianças acompanhadas em nossa Disciplina de Alergia.
MétodosO grupo asmático foi composto por 165 crianças (107 meninos e 58 meninas) com idades entre 3 e 14 anos. Todas as crianças eram atópicas e tinham -prick test- positivo para o D. pteronyssinus. O grupo controle foi composto por 40 crianças sadias (20 meninos e 20 meninas), de mesma faixa etária, sem história pessoal de asma ou outra doença atópica e com -prick test- negativo para o D. pteronyssinus. As mães foram entrevistadas para a obtenção de dados sobre: a) evolução clínica; b) história familiar de asma ou outra doença atópica; c) descrição do ambiente domiciliar.
Resultados1) Em aproximadamente metade dos casos, os sintomas iniciaram-se no primeiro ano de vida. As mães não foram informadas sobre o diagnóstico naquela ocasião; 2) as infecções das vias aéreas superiores e a bronquiolite foram responsáveis pelo desencadeamento da primeira crise na maioria dos casos, e permaneceram os principais fatores precipitantes de crise durante o primeiro ano da doença, enquanto alérgenos, irritantes, sinusite, esforço físico e fatores emocionais foram os principais fatores desencadeantes para crianças entre 5 e 13 anos de idade; 3) as mudanças nas condições climáticas desencadearam crises durante toda a evolução da doença; 4) a asma não foi manifestação alérgica isolada, sendo a rinite alérgica a condição mais freqüentemente associada; 5) história familiar de atopia (Risco Relativo (RR) = 2,40; intervalo de confiança de 95% (IC95%) = 1,60-3,50); asma na história materna (RR = 2,23; IC95% = 1,10-4,63) e presença de fumantes no domicílio (RR = 2,30; IC95% = 1,20-4,31) foram os principais fatores de risco para a manifestação de asma.
Conclusões: a) não houve diferenças entre meninos e meninas quanto aos aspectos evolutivos; b) a asma foi subdiagnosticada; c) a história familiar de atopia, a asma na história materna e a presença de fumantes no domicílio foram fatores de risco para a manifestação de asma.