To determine the incidence of bronchopulmonary dysplasia, to identify maternal and neonatal factors associated with the disease, and to determine the correlation between bronchopulmonary dysplasia and the progress of newborns.
MethodsData were prospectively collected on 153 infants born in Campinas (state of São Paulo, Brazil) from September 2000 to April 2002 weighing less than 1,500 g and treated at the University Hospital. The ratio of incidence rates with 95% CI, Breslow-Cox regression, Student's t test, linear regression and the Fisher's exact test were utilized.
ResultsAmong the 124 babies who survived until 28 days of age, 33 (26.6%) developed bronchopulmonary dysplasia. Birthweight < 1,000 g (5.6; 95% CI 3.0, 10.4) and gestational age < 30 weeks (4.0; 95% CI 2.1, 7.2) were correlated with increased incidence of bronchopulmonary dysplasia. Breslow-Cox regression showed that other factors including gender, Apgar score, hyaline membrane disease, antenatal steroid therapy, pregnancy-induced hypertension, delivery route and maternal age were not associated with bronchopulmonary dysplasia. Mean duration of hospitalization and ventilator therapy in newborns with and without bronchopulmonary dysplasia was 78.8 days (SD = 26.67) vs. 43.0 days (SD = 14.49) (p < 0.01) and 27.2 days (SD = 21.26) vs. 3.7 days (SD = 3.02) (p < 0.01), respectively. Mean weight gain per day was lower in newborns with bronchopulmonary dysplasia (p < 0.01). Mortality in newborns with bronchopulmonary dysplasia was 21% (p < 0.00005).
ConclusionsGestational age and birthweight were inversely proportional to incidence of bronchopulmonary dysplasia. After the onset of bronchopulmonary dysplasia, newborns with the disorder required longer periods of ventilator therapy and hospitalization, and presented inadequate weight gain and higher mortality rates than newborns without bronchopulmonary dysplasia.
Obter a incidência de displasia broncopulmonar (DBP); avaliar os fatores maternos e neonatais associados com a doença; determinar a correlação entre DBP e a evolução dos recém-nascidos.
MétodosOs dados foram coletados prospectivamente de 153 recém-nascidos com peso de nascimento inferior a 1.500 g, nascidos em Campinas de setembro de 2000 a abril de 2002 e tratados no Hospital Universitário. Foram utilizados razão de taxas de incidências com intervalo de confiança de 95% (IC 95%), regressão Breslow-Cox, teste t de Student, regressão linear e teste exato de Fisher.
ResultadosEntre os 124 recém-nascidos que sobreviveram aos 28 dias de vida, 33 (26,6%) apresentavam DBP. Peso de nascimento < 1.000 g (5,6; IC 95% 3,0; 10,4) e idade gestacional < 30 semanas (4,0; IC 95% 2,1; 7,2) foram correlacionados com um aumento na incidência de DBP. A regressão de Breslow-Cox mostrou que outros fatores, incluindo sexo, índice de Apgar, doença da membrana hialina (DMH), uso de corticóide pré-natal, doença hipertensiva específica da gravidez (DHEG), tipo de parto e idade materna não foram associados com DBP. As médias dos dias de internação e de ventilação mecânica nos recém-nascidos com e sem DBP foram, respectivamente, 78,8 dias (DP = 26,67) contra 43,0 dias (DP = 14,49) (p < 0,01) e 27,2 dias (DP = 21,26) contra 3,7 dias (DP = 3,02) (p < 0,01). A média de ganho de peso por dia foi menor nos recém-nascidos com DBP (p < 0,01). A mortalidade para recém-nascidos com DBP foi de 21% (p < 0,00005).
ConclusõesA idade gestacional e o peso de nascimento foram fatores inversamente proporcionais à incidência de DBP. Uma vez desenvolvida a doença, os recém-nascidos necessitam maiores tempos de suporte ventilatório e de internação, apresentando inadequado ganho de peso e maior mortalidade quando comparados aos recém-nascidos sem DBP.