To investigate the contents of home medicine chests and their relationship with self-medication in children and adolescents in the towns of Limeira and Piracicaba, SP, Brazil.
MethodsThis is a descriptive population study based on a home survey of a simple random sample from both towns, comprising 705 households from census sectors selected by means of cluster sampling. Inclusion criteria: age ≤ 18 years; an obligatory interview with at least one guardian; inventory of medicines kept at home; and having taken at least one medication during the 15 days prior to the interview. The participants were split into two groups based on medication: self-medication (lay advice) and medical prescription. Tests of linear association were performed, in addition to a descriptive analysis of the variables and multiple logistic regression.
ResultsA total of 3,619 medicines were found (mean = 5.1/household; 79.6% were pharmaceutical preparations). The rooms most commonly used to store medications were bedrooms (47.5%), kitchens (29.9%), and bathrooms (14.6%); 76.5% were in cardboard boxes and within easy reach of 142 children aged ≤ 6 years. Taking the pharmaceutical preparations in isolation (n = 2,891), the most common were analgesics/antipyretics (26.8%) and systemic antibiotics (15.3%), and the self-medication group had significantly larger stocks of these medications (p < 0.01). Storing medications in the bathroom (odds ratios = 1.59) and legal guardians with ≤ 4 years of primary education (odds ratios = 2.40) indicated greater risk of self-medication.
ConclusionsKeeping medicines at home is a common practice, and it is important to implement campaigns to encourage rational use, reduced waste and safe storage of medicines.
Analisar as características das farmácias domiciliares e sua relação com a automedicação em crianças e adolescentes dos municípios de Limeira e Piracicaba (SP).
MétodosEstudo descritivo tipo inquérito populacional domiciliar de uma amostra aleatória simples de ambos os municípios, constituída de 705 domicílios de setores censitários selecionados por meio de amostragem por conglomerado. Critérios de inclusão: idade ≤ 18 anos; entrevista obrigatória com um dos responsáveis; inventário da farmácia domiciliar e ter consumido pelo menos um medicamento nos 15 dias prévios à data da entrevista. Segundo o uso de medicamentos, os participantes foram divididos em dois grupos de estudo: automedicação (orientação leiga) e prescrição médica. Foram realizados testes de associação linear, análise descritiva das variáveis e regressão logística múltipla.
ResultadosForam identificados 3.619 medicamentos (média = 5,1/domicílio; 79,6% especialidades farmacêuticas). Os principais cômodos de estoque foram dormitórios (47,5%), cozinha (29,9%) e banheiros (14,6%); 76,5% em caixas de papelão e em locais de fácil alcance a 142 crianças com idade ≤ 6 anos. Considerando somente as especialidades farmacêuticas (n = 2.891), as mais freqüentes foram analgésicos/antipiréticos (26,8%) e antibióticos sistêmicos (15,3%), sendo o estoque desses medicamentos significativamente mais elevado no grupo automedicação (p < 0,01). Guardar medicamentos nos banheiros (razão de chances = 1,59) e grau de instrução dos responsáveis legais ≤ 4 anos do ensino fundamental (razão de chances = 2,40) denotaram maior risco de automedicação.
ConclusõesÉ comum armazenar medicamentos nos domicílios, sendo importante a efetivação de campanhas visando o uso racional, a diminuição do desperdício e o estoque seguro.