To study the changes in methemoglobinemia of 17 children admitted with acute exposure to dapsone complicated by a methemoglobin concentration greater than 20% of the total hemoglobin. The children were treated with multiple doses of activated charcoal with or without the administration of methylene blue. Patients and Methods: Seventeen patients (ages 1-13 y, median 3 y), were admitted 1-72 h after the ingestion of 100-1200 mg (median 350 mg, 10 patients) or an unknown amount of dapsone (7 patients). The methemoglobin blood concentrations upon admission ranged from 23.5%-49.7% (median 37.8%), and the main clinical features were cyanosis (17), tachycardia (17), vomiting (11) and tachypnea (8). All of the children received multiple doses of activated charcoal orally or via nasogastric tube (1g/kg, 10% solution, 4-6 times/day, 3-16 doses with a median of 8 doses). Twelve of the 14 patients with methemoglobin levels greater than 30% were also treated with a single dose of methylene blue (1-2% solution, 1-2 mg/kg) infused IV over 5 min.
ResultsThere was a progressive decrease in the methemoglobin levels after the beginning of both treatments (multiple doses of activated charcoal alone or associated with methylene blue), and only one dose of methylene blue was necessary. There were no significant statistical differences between the results of the two treatments according to the time-course decrease in methemoglobinemia (p=0.49 Wilcoxon test).
ConclusionsMultiple doses of activated charcoal given when methemoglobin levels were greater than 20% can be considered as a possible treatment for pediatric patients, with or without the administration of methylene blue, after acute dapsone exposure.
Estudar a evolução da metemoglobinemia em 17 crianças com exposição aguda à dapsona, complicada com metemoglobinemia acima de 20% da taxa total de hemoglobina, tratadas com doses múltiplas de carvão ativado associado ou não ao azul de metileno.Casuística e Métodos: Dezessete crianças (1-13 anos, mediana=3 anos), foram admitidas 1-72 horas após a ingestão de 100-1.200 mg (mediana=350 mg, 10 pacientes) ou de uma quantidade desconhecida (7 pacientes) de dapsona. À admissão, o nível de metemoglobinemia variou de 23,5-49,7% (mediana=37,8%), e as principais manifestações clínicas observadas foram cianose (17), taquicardia (17), vômitos (11) e taquipnéia (8). Todas as crianças receberam doses múltiplas de carvão ativado por via oral ou por tubagem nasogástrica (1 g/kg, 4-6x/dia, solução a 10%, 3-16 doses, mediana=8 doses). Em 12 pacientes também foi administrado o azul de metileno (1-2 mg/kg, solução a 1-2%) em dose única, IV, em torno de 5 minutos.
ResultadosConstatou-se uma diminuição progressiva dos níveis de metemoglobinemia em ambos os grupos de tratamento (doses múltiplas de carvão ativado isoladamente ou associado ao azul de metileno), sem necessidade de dose adicional de azul de metileno. Não foi observada diferença estatística significativa, em relação à queda da metemoglobinemia de acordo com o tempo, entre os dois tipos de tratamento efetuados (p=0,49, teste de Wilcoxon)
ConclusãoA administração de doses múltiplas de carvão ativado pode ser considerada como uma alternativa terapêutica, isolada ou associada ao azul de metileno, no tratamento de crianças com exposição aguda à dapsona, complicada com metemoglobinemia acima de 20% da taxa de hemoglobina.