To describe the profile of premature newborns participating in the Kangaroo Mother Care Program and the data from follow-up, and to verify possible correlations between these descriptive data.
MethodsA descriptive study of 70 children, 5-34 months old, born between April 1999 and 2002, with gestation age of 32.5 weeks, birth weight 1,560 g, participating in the Kangaroo Mother Care Program (modified for Brazil) for at least 3 days. They were discharged from Kangaroo Mother Care weighing around 3,000 g and followed-up to 1 year.
ResultsBirth weight, gestational age and Apgar scores were determinants of better clinical, nutritional and motor outcomes as well as for enrollment on the Kangaroo Mother Care Program. During the second stage of the program 8.6% of the newborns were readmitted due to apnea. Exclusive breastfeeding started at a mean postconceptual age of 35.3 w and mean age postpartum of 18.6 days. By hospital discharge, children were at a mean age of 29 days, mean weight of 1,734 g and 85.7% were on exclusive breastfeeding. Predominant breastfeeding up to 6 months of age was observed in 60.3%. We initially identified motor disorders in 42.8% decreasing to 14.3% in the final review of records, including cerebral palsy (6.9%) and retarded motor development (6.9%).
ConclusionsEnrollment on the Kangaroo Mother Care Program, in common with data on breastfeeding and clinical outcomes were determined by gestational age and birth weight and were influenced by clinical conditions of each preterm infant. Kangaroo Mother Care proved itself a good breastfeeding instrument, but its role as an intervention for motor development must be better investigated.
Descrever o perfil de recém-nascidos prematuros que participaram do Programa Método Mãe-Canguru, e o seguimento ambulatorial e eventuais correlações entre esses descritores.
MétodosEstudo descritivo de 70 crianças entre 5-34 meses de idade, nascidas entre abril de 1999 e 2002, com idade gestacional de 32,5 semanas, peso ao nascer 1.560 g, que permaneceram em Programa Método Mãe-Canguru contínuo por pelo menos 3 dias. Obtiveram alta do Programa com 3.000 g e seguimento ambulatorial até 1 ano de idade.
ResultadosO peso ao nascer, a idade gestacional e os índices de Apgar foram determinantes para a melhor evolução clínica, nutricional e motora dos recém-nascidos prematuros, conduzindo, inclusive, à aplicação do Programa Método Mãe-Canguru. Reinternações decorrentes de apnéia ocorreram em 8,6% das crianças na segunda etapa do programa. O início da alimentação em seio materno exclusivo correspondeu à idade gestacional de 35,3 semanas e 18,6 dias de vida. Receberam alta hospitalar com 29 dias, peso 1.734 g e seio materno exclusivo em 85,7%. Observamos amamentação predominante em 60,3% aos 6 meses. Com relação ao desenvolvimento motor, inicialmente identificamos alterações motoras em 42,8%, reduzidas para 13,8% na revisão final de arquivo, as quais incluíram paralisia cerebral (6,9%) e atraso motor (6,9%).
ConclusõesA aplicação do Programa Método Mãe-Canguru, assim como a amamentação e evolução clínica, é determinada especialmente pela idade gestacional e peso ao nascer e influenciada pelas intercorrências clínicas no período neonatal inerentes à condição de prematuridade. O Programa Método Mãe-Canguru revelou-se um instrumento facilitador da amamentação em seio materno, mas a eficácia de sua aplicação como intervenção voltada para o desenvolvimento deve ser investigada mais amplamente.