To study the efficacy of intravenous magnesium sulfate and intravenous salbutamol in the treatment of severe asthma in children.
MethodsRandomized, double-blind, placebo-controlled clinical trial, including children above 2 years of age with severe acute asthma admitted to the observation ward of the Pediatric Intensive Care Unit of Hospital São Lucas. All patients received conventional treatment (oxygen, corticoids, beta-adrenergics) on admission, and later received one of the following solutions: a) IVMg (50 mg/kg); b) intravenous salbutamol (20 μg/kg); c) saline solution (1 ml/kg/min). Clinical assessments, electrolyte concentration, and arterial blood gas analyses were recorded before intravenous infusion and one hour after that.
ResultsFifty patients participated in this study (of whom 53% were females, mean age = 4.5 years). There were no significant differences among the three groups. The group that received IVMg presented lower blood pressure during administration, which reached normal levels one hour afterwards, along with an increase in serum magnesium (P<0,001) and serum pH, and reduction of PaCO2. The group that received intravenous salbutamol had lower respiratory rate (P=0.05) and higher blood pressure (P=0.01), and one hour after administration, these patients showed decreased respiratory rate (P=0.02); lower levels of serum potassium (P=0.009); higher pH, and reduced PaCO2. This group required fewer nebulizations (P=0.009), fewer nebulizations per day (P<0.001) and less oxygen therapy than the IVMg and placebo groups. Acidosis was more persistent (P<0.01) in the placebo group. No difference as to the length of hospital stay was observed in any of the three groups. Artificial ventilation was necessary in 10% of the patients.
ConclusionsThe early intravenous administration of magnesium sulfate, especially salbutamol, achieved a rapid clinical response with excellent prognosis and no significant side effects.
estudar os efeitos da administração endovenosa de sulfato de magnésio (MgEV) ou de salbutamol (SalbEV) em crianças com crise de asma aguda.
Métodosestudo randomizado, duplo-cego e controlado por placebo. Incluídas crianças maiores de 2 anos admitidas em sala de observação com crise de asma aguda grave (refratária a três nebulizações com beta-adrenérgicos). Após a admissão, recebiam tratamento convencional (oxigênio, corticóides, nebulizações com beta-adrenérgicos) e eram alocadas a receber uma de três soluções indistinguíveis entre si: a) MgEV (50 mg/kg); b) SalbEV (20 μg/kg); ou c) solução salina, que eram administradas em 20 minutos (1ml/kg/hora). Avaliações clínicas, dosagens de eletrólitos e gases arteriais foram registrados antes e 1 hora após a infusão das drogas.
Resultadosforam estudados 50 pacientes (+ 4,5 anos e 53% de meninas), sem diferenças significativas entre os 3 grupos. No grupo MgEV, observou-se redução da pressão arterial durante a infusão, que retornou ao normal 1 hora após, associado com aumento (p<0,001) do magnésio e pH sérico e diminuição no PaCO2. No grupo SalbEV, durante a administração, observou-se diminuição da freqüência respiratória (p=0,05) e aumento da pressão arterial, (p=0,01). Após 1 hora, houve diminuição da freqüência respiratória (p=0,02); queda no potássio sérico (p=0,009), no PaCO2 e elevação no pH. Comparado com os grupos MgEV e placebo, o grupo SalbEV necessitou menos nebulizações (p=0,009), menor número de nebulizações por paciente por dia (p<0,001) e menor tempo de uso de oxigênio. No grupo placebo, a acidose foi mais persistente (p<0,01). Não houve diferença no tempo de permanência hospitalar dos 3 grupos. A ventilação mecânica foi necessária em 10% dos casos.
Conclusõesdemonstrou-se que a administração endovenosa precoce de sulfato de magnésio e, principalmente, o salbutamol em associação ao tratamento convencional para asma aguda em crianças são terapêuticas efetivas e que podem potencializar o efeito broncodilatador.