The variety of toxocariasis clinic manifestations and its relationship with asthma motivated this study. The aim was to study T.canis seropositivity at a public pediatric service and its association with laboratory, epidemiological and clinical factors.
MethodsThis study was cross-sectional and controlled. Two hundred and eight children, from 1 to 14 years old and treated at the University of Santo Amaro Pediatric Department's Immunology and Pneumology clinic between January 2000 and January 2001, underwent serology testing. Antibodies were detected by ELISA testing for the larval excretory-secretory antigen of T. canis. We used the chi-square test for T.canis seropositivity (titers 1:320) associations with: puppies at home, contact with soil, geophagia, onicophagia, mother's educational level, asthma, chronic cough, repetitive pneumonia, skin manifestations, rhinitis, hepatomegaly, splenomegaly, abdominal pain, anemia, eosinophilia, immunoglobulins, parasitosis and stunted growth. The Kruskal-Wallis variance analysis method was used for mean comparisons between seropositive and seronegative groups. Significance was set at p ≤ 0.05.
ResultsSeroprevalence was 54.8%, with a mean age of 6.5 years while for seronegative children the mean age was 5.8 years, showing no significant difference. There was also no difference between sexes. Seropositivity was significantly associated with puppies at home, contact with soil, hepatomegaly, asthma, eosinophilia, increased serum immunoglobulin (Ig) E levels and stunted growth.
ConclusionSeroprevalence was elevated in this study . T.canis infection must be considered in at-risk children, such as those with puppies at home, who have had contact with soil, who have hepatomegaly and/or asthma with eosinophilia and increased serum IgE.
A diversidade de manifestações clínicas da toxocaríase e sua relação com asma motivaram este estudo, cujo objetivo foi estudar a soropositividade de T. canis nas crianças atendidas no serviço público de saúde e sua associação com variáveis clínicas, epidemiológicas e laboratoriais.
MétodosEste estudo é de corte transversal e controlado. Foram realizadas sorologias em 208 crianças de 1 a 14 anos de idade, atendidas nos ambulatórios de Pediatria, Imunologia e Pneumologia Pediátrica da Universidade de Santo Amaro, no período de janeiro de 2000 a janeiro de 2001. Os anticorpos foram detectados por ELISA usando-se antígeno de excreção e secreção do T. canis.. Foi utilizado teste qui-quadrado para associações da soropositividade para T. canis (título ≥ 1:320) com cães filhotes domiciliares, contato com terra, geofagia, onicofagia, escolaridade materna, asma, tosse crônica, pneumonias de repetição, manifestações cutâneas, rinite, hepatomegalia, esplenomegalia, dor abdominal, anemia, eosinofilia, imunoglobulinas, parasitoses e desnutrição, e método de análise de variância por postos de Kruskal-Wallis para comparação média dos soropositivos e soronegativos, sendo significante p ≤ 0,05.
ResultadosA soroprevalência foi 54,8%, com média etária de 6,5 anos; nos soronegativos, 5,8 anos (não significante), também não houve diferença quanto ao sexo. A soropositividade foi significante com: cães filhotes domiciliares, contato com terra, hepatomegalia, asma, eosinofilia, IgE aumentada e desnutrição pregressa.
ConclusõesA soroprevalência encontrada foi alta. A infecção pelo T. canis deve ser investigada em crianças com fatores de risco como presença de cães filhotes domiciliares e contato com terra, em portadores de hepatomegalia e/ou asma, com eosinofilia ou aumento de IgE.