To evaluate food intake, occurrence of energy-protein malnutrition and anemia, and intestinal iron absorption in children with chronic liver disease.
MethodsThe study included 25 children with chronic liver disease, 14 with cholestasis and 11 without cholestasis. The age varied between 6.5 months and 12.1 years. Intestinal iron absorption was evaluated by the increment of serum iron one hour after the ingestion of 1 mg/kg of elemental iron and by the response to oral iron therapy. Iron intestinal absorption was compared to a group with iron deficiency anemia (without liver disease).
ResultsThe mean intake of energy and protein in the cholestatic group was higher than in patients without cholestasis. The nutritional deficit was more severe in cholestatic patients, especially with regard to height-for-age and weight-for-age indices. Anemia was found in both cholestatic group (11/14; 78.6%) and noncholestatic group (7/11; 63.6%). The cholestatic group presented lower (p < 0.05) intestinal iron absorption (90.6±42.1 μg/dl) than the iron deficiency anemia group (159.6±69.9 μg/dl). However, cholestatic patients responded to oral iron therapy. The noncholestatic group showed intestinal iron absorption similar to the iron deficiency anemia group.
ConclusionsThe cholestatic group showed more severe nutritional deficits. Despite the evidence of lower iron intestinal absorption, cholestatic patients responded to oral iron therapy, probably, due to the coexistence of iron deficiency.
Avaliar a ingestão alimentar, a ocorrência de desnutrição energético-protéica e de anemia e a absorção intestinal de ferro em crianças com doença hepática crônica.
Casuística e métodosForam estudados 25 pacientes com doença hepática crônica, sendo 14 com colestase e 11 sem colestase. A idade variou entre 6,5 meses e 12,1 anos. A absorção intestinal de ferro foi avaliada pela elevação do ferro sérico uma hora após a ingestão de 1 mg/kg de ferro elementar e pela resposta à ferroterapia oral. A absorção intestinal de ferro foi comparada com um grupo de crianças com anemia ferropriva.
ResultadosA ingestão média de energia e proteínas nos pacientes com doença hepática com colestase foi maior do que nos pacientes sem colestase. O déficit nutricional foi mais grave nos pacientes com colestase, predominando os déficits de estatura-idade e peso-idade. A anemia foi freqüente tanto nas crianças com doença hepática com colestase (11/14; 78,6%) como nas sem colestase (7/11; 63,6%). Na doença hepática com colestase, observou-se menor (p < 0,05) absorção intestinal de ferro (90,6±42,1 μg/dl), em comparação com o grupo com anemia ferropriva (159,6±69,9 μg/dl). No entanto, o grupo com colestase apresentou resposta à ferroterapia oral. Os pacientes com doença hepática sem colestase apresentaram absorção intestinal de ferro semelhante à das crianças com anemia ferropriva.
ConclusãoA doença hepática crônica com colestase associa-se com maior comprometimento nutricional. Apesar das crianças com colestase apresentarem evidência de má absorção intestinal de ferro, apresentaram resposta à ferroterapia oral, provavelmente, pela coexistência de deficiência de ferro.