To determine the safety of sputum induction in asthmatic children and adolescents, to characterize sputum inflammatory cells while clinically stable and during exacerbation and to correlate sputum inflammatory cells with peripheral blood eosinophils, serum IgE and the degree of bronchial obstruction.
MethodsNinety-six asthmatic patients aged 6 to 18 years were recruited for the present cross-sectional study. Spirometry was performed before and after administration of a bronchodilator. Sputum was collected spontaneously or after induction by the inhalation of saline solution at increasing concentrations. Blood samples were obtained for serum IgE and eosinophil quantification.
ResultsSputum samples adequate for analysis were obtained from 68 (70.8%) of the patients recruited. No relevant bronchoconstriction was observed during induction. The presence of a larger number of eosinophils in sputum did not correlate with more clinically severe asthma. No correlation was observed between the degree of bronchial obstruction, measured based on FEV1, and inflammatory cells in sputum, peripheral blood eosinophils or serum IgE. Larger numbers of neutrophils were observed in the asthma exacerbation group (p < 0.05).
ConclusionsSputum induction was found to be a safe procedure for obtaining clinical samples from children and adolescents even during exacerbations, allowing for clinical and functional limitations. The 67% induction success rate was considered satisfactory. In this group of patients, receiving inhaled corticosteroids, eosinophil quantification did not distinguish between the clinical and functional severity of asthma and was independent of the degree of airway obstruction. A proportional predominance of neutrophils was observed in the sputum of patients with asthma exacerbation.
Verificar a segurança da indução de escarro em crianças e adolescentes asmáticos. Caracterizar a citologia do escarro durante a estabilidade clínica e exacerbação. Correlacionar a citologia do escarro com os eosinófilos no sangue periférico, IgE sérica e grau de obstrução brônquica.
MétodosForam recrutados 96 pacientes asmáticos, de 6 a 18 anos, para um estudo transversal. Foi realizada espirometria antes e, após, broncodilatador. A seguir, foi coletado o escarro, espontaneamente ou após indução com inalação de solução salina em concentrações crescentes. Foi coletada amostra de sangue para quantificar a IgE sérica e os eosinófilos.
ResultadosObtiveram-se amostras adequadas de escarro para análise em 68 (70,8%) dos pacientes recrutados. Não houve broncoconstrição relevante durante a indução. A presença de maior número de eosinófilos no escarro de acordo com a maior gravidade clínica da asma não foi estatisticamente significante. Não houve correlação entre o grau de obstrução brônquica medido pelo VEF1 e as células inflamatórias do escarro. O mesmo foi observado em relação aos eosinófilos no sangue periférico e à IgE sérica. No grupo com exacerbação da asma, observou-se uma quantidade maior de neutrófilos (p < 0,05).
ConclusõesA indução de escarro mostrou-se segura para obtenção de amostras clínicas em crianças e adolescentes, mesmo durante exacerbações, respeitando-se limitações clínicas e funcionais. O índice de sucesso da indução de 67% foi considerado satisfatório. A quantificação dos eosinófilos não discriminou a gravidade clínica e funcional da asma e mostrou-se independente do grau de obstrução das vias aéreas neste grupo de pacientes em tratamento com corticosteróides inalatórios. No escarro de pacientes em exacerbação da asma, houve um predomínio proporcional de neutrófilos.