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Vol. 75. Núm. 06.
Páginas 456-462 (novembro - dezembro 1999)
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Páginas 456-462 (novembro - dezembro 1999)
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Emprego de medicação profilática na asma persistente
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Marta C. Duartea, Paulo A. M. Camargosb
a Pediatra Pneumologista do Instituto da Criança e Adolescente de Juiz de Fora-MG, Mestre em Medicina (Pediatria) pela UFMG.
b Professor Adjunto, Doutor, Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina e Chefe da Unidade de Pneumologia Pediátrica do Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Minas Gerais.
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Abstract
Objective

To assess the proportion of patients with persistent moderate or severe asthma who use prophylactic therapy when first evaluated at an outpatient referred care center.

Methods

We carried out a descriptive study of 306 patients 4 to 14 years old with persistent asthma seen from June 1995 to August 1998 at the Respiratory and Allergic Diseases department of the Child and Adolescent Institute, an outpatient referred care center in Juiz de Fora (MG), Brazil. We filled out a standardized protocol with data from the Institute's registry, chiefly on the use of prophylactic medications, such as inhaled steroids, sodium cromoglycate, nedocromil sodium, sustained-release theophylline, long acting inhaled ß2-agonist, and ketotifen.

Results

Of the 306 patients, 87.3% had persistent moderate asthma, and 12.7% had persistent severe asthma. Only 14.4% were on some kind of controller medication. When only the use of inhaled anti-inflammatory drugs (sodium cromolyn, nedocromil sodium and steroids) was considered, this percentage decreased to 4.6%. The use of prophylactic regimens was not statistically significant (P<0.05) in relation to gender, weight, height, asthma severity, hospital admissions, age of onset, age when first evaluated at the outpatient center, and household smoking.

Conclusions

The rate of use of prophylactic regimens in this population of persistent asthmatic patients was unsatisfactory, a finding particularly emphasized by the low rate of patients using inhaled anti-inflammatory drugs. It is necessary to promote such prophylactic measures to face the magnitude of the problem that asthma represents in our country.

Resumen
Objetivo

Verificar a proporção de pacientes com asma brônquica persistente, moderada ou grave, em uso de medicação profilática no momento de sua admissão a um ambulatório especia-lizado.

Métodos

Estudo descritivo de 306 pacientes com asma persistente, na faixa etária entre quatro e quinze anos, atendidos de junho/1995 a agosto/1998 no Ambulatório de Pneumologia e Alergia Pediátrica do Instituto da Criança e Adolescente (Juiz de Fora-MG). Um protocolo padronizado foi preenchido com os dados clínicos, originados dos prontuários desses pacientes, especialmente aqueles relacionados com o uso de medicamentos profiláticos, tais como, os corticosteróides inalatórios, cromoglicato dissódico, nedocromil sódico, teofilina de liberação lenta, ß2-agonistas de longa ação e cetotifeno.

Resultados

Entre os 306 pacientes analisados, 87,3% foram classificados como asma persistente moderada e 12,7%, como persistente grave. Desses, apenas 14,4% utilizava algum tipo de medicamento considerado profilático. Entretanto, quando se considerou somente o uso de antiinflamatórios inalatórios (cromoglicato dissódico, nedocromil sódico e corticosteróides), tal proporção foi reduzida para 4,6%. Não se observou associação estatisticamente significativa (p<0,05) referente ao uso ou não de profilaxia farmacológica com as variáveis sexo, procedência, peso, estatura, gravidade da asma, internações, idade de início das crises, idade de ingresso no ambulatório e tabagismo domiciliar.

Conclusões

Foi insatisfatório o índice de profilaxia farmacológica utilizada pelos pacientes com asma persistente, particularmente confirmado pelas baixas proporções no uso de antiinflamatórios inalatórios. Urge a necessidade da valorização de tais medidas frente à magnitude do desafio representado pela asma brônquica em nosso meio.

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