To determine the incidence of bronchopulmonary dysplasia, its risk factors and resource utilization in a large South American population of very low birth weight infants.
MethodsData were prospectively collected from infants weighing 500 to 1,500 g born at 16 NEOCOSUR Network centers from 10/2000 through 12/2003. Multivariate relative risk and 95% confidence intervals were estimated by Poisson regression with robust error variance to find factors that affected the risk of bronchopulmonary dysplasia.
Results1,825 very low birth weight infant survivors were analyzed. Mean birth weight and gestational age were 1085+279 g and 29+3 weeks respectively. Bronchopulmonary dysplasia incidence averaged 24.4% and survival without bronchopulmonary dysplasia augmented with increasing gestational age. Higher birth weight and gestational age and a female gender all decreased the risk for bronchopulmonary dysplasia. Factors that independently increased that risk were surfactant requirement, mechanical ventilation, air leak, patent ductus arteriosus, late onset sepsis and necrotizing enterocolitis. Bronchopulmonary dysplasia infants had more days of hospitalization (91±27 vs. 51±19), on mechanical ventilation (19±20 vs. 4±7) and oxygen therapy (72±30 vs. 8±14) in comparison with non BPD infants.
ConclusionsBronchopulmonary dysplasia incidence was 24.4% in a large South American population and is related to greater resource utilization. Risk factors for bronchopulmonary dysplasia in this study were: surfactant requirement, mechanical ventilation, air leak, patent ductus arteriosus, late onset sepsis and necrotizing enterocolitis. These studies may provide information useful to the design of effective preventive perinatal strategies.
Determinar a incidência de displasia broncopulmonar, os fatores de risco e a utilização de recursos em uma ampla população sul-americana de recém-nascidos de muito baixo peso ao nascer .
MétodosDados prospectivamente registrados de crianças com peso ao nascer entre 500 a 1.500 g, nascidas em 16 centros neonatais pertencendo à rede NEOCOSUR entre 10/2000 a 12/2003. A análise multivariada de Poisson com variância robusta foi utilizada para determinar os fatores de risco relativo e intervalo de confiança de 95% que afetam o risco de apresentação de displasia broncopulmonar.
ResultadosForam analisados 1.825 recém-nascidos de muito baixo peso ao nascer. As médias de peso ao nascer e a idade gestacional foram de 1.085±279g e 29±3 semanas, respectivamente. A incidência de displasia broncopulmonar foi de 24,4%, e a sobrevida sem displasia broncopulmonar aumentou quanto maior foi a idade gestacional. Maior peso ao nascer, maior idade gestacional e sexo feminino estiveram associados a um menor risco de displasia broncopulmonar. Aumentaram o risco de displasia broncopulmonar: ventilação mecânica, necessidade de surfactante, escape aéreo, persistência do canal arterial, sepse tardia e enterocolite necrotizante. As crianças com displasia broncopulmonar requerem um maior tempo hospitalização (91±27 versus 51±19), de ventilação mecânica (19±20 versus 4±7) e de oxigenioterapia (72±30 versus 8±14).
ConclusõesA incidência de displasia broncopulmonar foi de 24,4% em uma ampla população sul-americana e se relaciona com uma maior utilização de recursos. Os fatores de risco associados à displasia broncopulmonar encontrados nesse estudo foram: ventilação mecânica, necessidade de surfactante, escape aéreo, persistência do canal arterial, sepse tardia e enterocolite necrotizante. As informações contidas neste estudo podem ser úteis para o delineamento de estratégias perinatais de prevenção da morbidade.