to study bone density as a concomitant factor for obesity in post-pubertal adolescents, controlling for other variables that may interfere in such a relation.
MethodsStudy comprising 83 overweight and obese adolescents (BMI ≥ P85) and 89 non obese ones (P5 ≤ BMI ≤ P85). Cases and controls were selected out of 1,420 students (aged 14-19) from a public school in the city of São Paulo. The bone mineral density of the lumbar spine (L2-L4 in g/cm2) was assessed by dual-energy x-ray absorptiometry (LUNARTM DPX-L). The variable bone density was dichotomized using 1.194 g/cm2 as cutoff point. Bivariate analyses were conducted considering the prevalence of overweight and obesity followed by multivariate analysis (logistic regression) according to a hierarchical conceptual model.
ResultsThe prevalence of bone density above the median was twice more frequent among cases (69.3%) than among controls (32.1%). In the bivariate analysis such prevalence resulted in an odds ratio (OR) of 4.78. The logistic regression model showed that the association between obesity and mineral density is yet more intense with an OR of 6.65 after the control of variables related to sedentary lifestyle and intake of milk and dairy products.
ConclusionObese and overweight adolescents in the final stages of sexual maturity presented higher bone mineral density in relation to their normal-weight counterparts; however, cohort studies will be necessary to evaluate the influence of such characteristic on bone resistance in adulthood and, consequently, on the incidence of osteopenia and osteoporosis at older ages.
Estudar a densidade óssea como fator concomitante da obesidade em adolescentes pós-púberes, controlando outras variáveis que possam interferir nessa relação.
MétodosEstudo com 83 sobrepesos e obesos (IMC ≥ P85) e 89 não obesos (P5 ≤ IMC ≤ P85). Casos e controles foram selecionados entre 1420 estudantes (14-19 anos) de escola pública na cidade de São Paulo. A densidade mineral óssea de coluna (L2-L4 em g/cm2) foi avaliada por meio de densitometria de duplo feixe de raios X (LUNARTM DPX-L). A variável densidade óssea foi categorizada utilizando a mediana 1,194 g/cm2 como ponto de corte. Foram realizadas análises bivariadas, observando-se a prevalência de sobrepeso e obesidade. Em seguida, procedeu-se à análise multivariada (regressão logística), de acordo com um modelo conceitual hierárquico.
ResultadosA prevalência de densidade óssea acima da mediana foi duas vezes mais freqüente entre os casos (69,3%) do que entre os controles (32,1%). Na análise bivariada, tais prevalências resultaram em odds ratio (OR) de 4,78. O modelo de regressão logística mostrou que a associação entre obesidade e densidade mineral é ainda mais intensa com OR de 6,65, após o controle das variáveis relacionadas ao sedentarismo e ao consumo de leite e derivados.
ConclusãoObservou-se, neste estudo, que adolescentes com sobrepeso e obesidade nos estadios finais da maturação sexual apresentaram maior densidade mineral óssea com relação aos seus pares eutróficos. No entanto, estudos de coorte serão necessários para avaliar a influência dessa característica sobre a resistência óssea na vida adulta e, conseqüentemente, sobre a incidência de osteopenia e osteoporose em faixas etárias mais avançadas.