To the determine the bacterial contamination profile of unheated expressed breast milk, collected without rigid hygienic precautions and stored at room temperature for nine hours. The purpose was to give poor lactating mothers the alternative of storing their own milk out of refrigerator. A research on cultural, social and economical aspects as well as on donators' knowledge about breastfeeding was considered necessary.
Methods35 donators were interviewed and an experimental investigation was performed with 33 samples of breast milk stored at room temperature (17ºC to 30.5ºC) and bacteriologically analyzed at zero, three, six and nine hours after collection . The same breast milk was stored at refrigerator (2ºC to 6ºC) as a control procedure. Total count of bacterial contents and identification of Staphylococcus aureus and Escherichia coli were evaluated.
ResultsThe enterviews revealed the low socio-economical and cultural level of lactating mothers and their little experience in expressing, collecting and using their own milk. Bacteriological data analysis showed mesophyllous average of 7.1x103UFC/mL, acceptable outline of bacterial contamination, despite the use of a simplified hygiene technique. After nine hours, samples stored at room temperature showed final average of bacterial contents similar to the first ones (7.3x103UFC/mL) and without relevant statistic differences from the ones kept under refrigeration (p=0.05) for studied bacterias.
ConclusionThis study shows that it is possible to use unprocessed breast milk for baby's consumption if it is stored at room temperatures until nine hours after it has been collected. However, mothers have to be told about the possibility of storing breast milk for babies later consumption.
Determinar o perfil de contaminação bacteriana do leite humano coletado por expressão manual, sem cuidados rigorosos de higiene e mantido à temperatura ambiente por nove horas, com a finalidade de possibilitar às nutrizes carentes a alternativa de guardar o próprio leite fora da geladeira. Considerou-se adequado conhecer alguns aspectos culturais e socioeconômicos e experiências em amamentação das doadoras.
MétodosForam entrevistadas 35 doadoras e realizado estudo experimental com 33 amostras de leite humano mantidas à temperatura ambiente (17oC a 30,5oC) e analisadas bacteriologicamente nos tempos zero, três, seis e nove horas após expressão manual. Como controle utilizou-se o mesmo leite mantido sob refrigeração (2oC a 6oC). Avaliou-se o total de bactérias viáveis (mesófilos), a presença de Staphylococcus aureus e de Escherichia coli.
ResultadosAs entrevistas demonstraram baixas condições socioeconômicas e culturais das nutrizes e sua pouca experiência em ordenhar e utilizar o próprio leite após expressão. A análise bacteriológica do leite humano mostrou média inicial de mesófilos de 7,1x103 UFC/mL, perfil de contaminação aceitável, apesar do uso de técnica simplificada de higiene. Após nove horas, as amostras mantidas à temperatura ambiente apresentaram média final de conteúdo bacteriano semelhante à inicial (7,3x103 UFC/mL) e sem diferença estatisticamente significativa das mantidas sob refrigeração (p=0,05) para as bactérias estudadas.
ConclusãoEste estudo sugere ser possível utilizar o leite humano cru guardado à temperatura ambiente por até nove horas. Entretanto, as mães precisam ser melhor orientadas sobre a possibilidade de guardar o próprio leite para consumo posterior pelo bebê.