To evaluate the inter-observer agreement of radiological diagnosis of lower respiratory tract infections in children.
MethodChest X-rays from 60 children younger than 5 years of age were evaluated by three physicians: a pediatric radiologist (PR), a pediatric pulmonologist (PP) and an experienced emergency pediatrician (EP). All children had sought an emergency room due to acute respiratory infections with apparent lower respiratory tract involvement. Observers were blinded to the original diagnostic conclusions, but clinical and laboratory data from the initial medical evaluation were provided with each film. Variables were grouped into five categories: a) film quality; b) site of abnormality; c) radiological patterns; d) other radiographic images; e) diagnosis. Inter-observer agreement was assessed using Kappa statistics, accepting prevalence-bias-adjusted values (PABAK).
ResultsKappa values for each of the three observer pairs (RP vs. PP, RP vs. EP, and PP vs. PE) were 0.41, 0.43, and 0.39, respectively. The overall inter-observer agreement was moderate (0.41). Agreement on other variables was as follows: regular for "film quality" (0.30); moderate for "site of abnormality" (0.48); fair for "radiological patterns" (0.29); moderate for "other radiographic images" (0,43); and moderate for "diagnosis" (0.33). The overall intra-observer agreement was "moderate" (0.54), which is below the agreement values reported by other studies on chest X-ray variability.
ConclusionInter-observer variability is an intrinsic characteristic of the interpretation of chest X-rays, and the diagnosis of lower respiratory tract infections in children remains a challenge. Most of our results were similar to those previously reported.
Estudar a concordância no diagnóstico radiológico das infecções respiratórias agudas baixas em crianças.
MétodosSessenta radiogramas do tórax de crianças menores de cinco anos foram avaliados, individualmente, por três médicos: um radiologista pediátrico (RP), um pneumologista pediatra (PP) e um pediatra experiente no atendimento de sala de emergência (PE). Todas as crianças tinham procurado atendimento por apresentar um quadro agudo de infecção respiratória com aparente participação pulmonar. Os avaliadores desconheciam os diagnósticos originais, mas receberam uma ficha padrão com dados clínicos e laboratoriais dos pacientes no momento da consulta inicial. As variáveis investigadas foram agrupadas em cinco categorias: a) qualidade técnica do filme; b) localização da alteração; c) padrões radiográficos; d) outras alterações radiográficas; e) diagnóstico. Utilizou-se a estatística de Kappa para estudar a concordância entre as três duplas possíveis de observadores, aceitando-se os valores ajustados para viés de prevalência (KAVIP).
ResultadosOs valores de Kappa totais de cada dupla de observadores (RP x PP, RP x PE e PP x PE) foram 0,41, 0,43, e 0,39, respectivamente, o que representa, em média, uma concordância interobservadores moderada (0,41). Em relação às outras variáveis, "qualidade técnica" teve uma concordância regular (0,30); "localização", moderada (0,48); "padrões radiográficos" regular (0,29); "outras alterações radiográficas", moderada (0,43); e "diagnóstico", regular (0,33). Quanto à concordância global intraobservadores, a mesma foi moderada (0,54), com valores menores do que os descritos na literatura.
ConclusãoA variabilidade interobservadores é inerente à interpretação dos achados radiológicos. A determinação do diagnóstico exato das infecções respiratórias agudas baixas nas crianças impõe desafios. Nossos resultados foram similares aos descritos na literatura.