To compare the agreement in the classification of the weight-for-age (W/A) and height-for-age (HA) indexes for children and adolescents with Down syndrome (DS) according to selected international reference distributions.
MethodsA cross-sectional study was carried out in children (2 to 9.9 years old) and adolescents (10 to 17.9 years old) with DS from cities in the state of Rio de Janeiro, Brazil, in 2005. The W/A and H/A indexes were classified according to the percentiles of two curves developed for individuals with DS and one distribution developed for healthy subjects. The cut-off limits applied for categorization were: below the 5th percentile (< P5) and above the 95th percentile (> 95). The weighted Kappa index was estimated to assess agreement between the classifications (p < 0.05).
ResultsInformation was obtained on 98 children and 40 adolescents. From 1.0 to 18.4% of the children were < P5 for W/A, and the agreement for this index was considered weak (Kappa = 0.16; 95%CI -0.03-0.34; p < 0.01); no agreement was observed between the H/A classifications. For adolescents, W/A < P5 varied from 2.5 to 5.0%; once more there was no agreement for this classification (Kappa = 0.16; 95%CI -0.15-0.48; p > 0.05). There was good agreement for the H/A index (Kappa = 1.00; 95%CI 0.23-1.00; p < 0.01).
ConclusionThere was weak agreement between classifications of anthropometric indexes according to three different distributions. The data indicated that the construction of specific curves for individuals with DS would facilitate the identification of overweight, which is often observed among these patients.
Avaliar a concordância da categorização dos índices peso para idade (P/I) e estatura para idade (E/I) em indivíduos com síndrome de Down segundo diferentes curvas.
MétodosDesenvolveu-se estudo transversal em crianças (2 a 9,9 anos de idade) e adolescentes (10 a 17,9 anos de idade) com síndrome de Down assistidos em instituições da região metropolitana do Rio de Janeiro. Os índices de P/I e E/I foram categorizados segundo os percentis de três curvas: duas para indivíduos com síndrome de Down e outra para indivíduos saudáveis. Os limites utilizados na categorização foram o percentil 5 (P5) e o percentil 95 (P95). Utilizou-se o Kappa ponderado na avaliação da concordância das classificações (significativo quando p < 0,05).
ResultadosForam obtidas informações de 98 crianças e 40 adolescentes. Entre as crianças, o P/I < P5 variou de 1,0 a 18,4%; a concordância para essa categorização foi considerada fraca (Kappa = 0,16; IC95% -0,03-0,34; p < 0,01); para E/I, não foi observada concordância na classificação. Entre os adolescentes, a categorização do P/I < P5 variou de 2,5 a 5,0%; a concordância para essa classificação foi fraca (Kappa = 0,16; IC95% -0,15-0,48; p > 0,05); para E/I, a concordância foi boa (Kappa = 1,00; IC95% 0,23-1,00; p < 0,01).
ConclusãoA concordância entre as classificações dos índices P/I e E/I geradas por diferentes distribuições mostrou-se fraca. Os dados indicam que o desenvolvimento de curvas específicas para indivíduos com síndrome de Down seria útil para a identificação de distúrbios ponderais, como o excesso de peso, que é freqüentemente observado nesse grupo.