An efficient treatment of extrahepatic biliary atresia demands that the diagnostic differentiation between intra- and extrahepatic neonatal cholestasis be performed by the eighth week of life. This study aimed at evaluate the age of the patients admitted to a general hospital for differential diagnosis of cholestatic jaundice.
Methods-Forty nine children from the Pediatric Service at Hospital de Clínicas, in Porto Alegre, have been studied between 1984 and 1991, according to the protocol for diagnostic elucidation followed by this hospital, which includes biliary tract scintigraphy with Tc-99m DISIDA and, depending on its results, an wedge or percutaneous liver biopsy. The ages of the children have been compared on the occasion of the procedures. Twenty six cases have been studied retrospectively and 23, prospectively.
Results-Both the patients with intrahepatic and extrahepatic cholestasis underwent scintigraphy, on average at over eight weeks (age 77.94 + 42.98 days) and the histopathological study of the liver was performed approximately two weeks after scintigraphy. Only six patients (12.8% of the 47 cases) underwent the liver biopsy before the first eighth week of life.
Conclusions-A delay was observed in referring patients for differential diagnosis of neonatal cholestasis and the performance of tests. The need of hospitalization in order to conduct these procedures delays even further this diagnosis, which should be concluded by the eighth week of life.
O tratamento eficaz da atresia de vias biliares extra-hepáticas exige que a diferenciação diagnóstica entre colestase neonatal de causa intra e extra-hepática seja realizada antes das primeiras oito semanas de vida. O objetivo do presente estudo foi avaliar a idade dos pacientes com colestase neonatal internados em um hospital geral para diferenciação diagnóstica da icterícia colestática.
Métodos -Foram estudadas 49 crianças no Serviço de Pediatria do Hospital de Clínicas de Porto Alegre entre 1984 e 1991. O protocolo para esclarecimento diagnóstico seguido neste hospital inclui realização de cintilografia de vias biliares com Tc-99m DISIDA e posterior biópsia hepática, em cunha ou percutânea dependendo do resultado do teste cintilográfico. Foram comparadas as idades das crianças por ocasião dos procedimentos. Em 26 casos o estudo foi retrospectivo; em 23, prospectivo.
Resultados -Os pacientes foram submetidos à cintilografia em média com 77,94 + 42,98 dias de vida. A biópsia hepática foi realizada cerca de 2 semanas após o teste cintilográfico. Apenas 6 pacientes (12,8% dos 47 casos) foram submetidos à biópsia antes das primeiras oito semanas de vida. Não houve diferença quanto à idade na data da cintilografia entre os pacientes estudados retrospectiva e prospectivamente.
Conclusões -Ocorre atraso no encaminhamento dos pacientes para o diagnóstico diferencial da colestase neonatal e também na realização dos testes. A necessidade de hospitalizar para a execução dos procedimentos retarda ainda mais a elaboração diagnóstica, que deveria estar concluída antes das primeiras oito semanas de vida.