to determine the incidence of renal scars in children with primary vesicoureteral reflux taking into consideration the following variables: sex, age at diagnosis, febrile urinary infection, degree of reflux and bacteria specimen.
Methodretrospective study of 58 children with age ranging from 2 months to 11 years, presenting primary vesicoureteral reflux detected by voiding cystourethrogram after documented episode of urinary tract infection. The diagnosis of renal scarring was obtained by dimercaptosuccinic acid scan 5 months after the treatment of the urinary infection; in 40 children the dimercaptosuccinic acid scan was performed again from 6 months up to 6 years after the treatment.
Results45 children (77.6%) were girls and 13 (22.4%) were boys, 51.7% were 2 years old or younger. The incidence of renal scarring was 55.2%. There was significant higher proportion of renal scars in girls, when the patients presented fever and dilated vesicoureteral reflux (III, IV, V). Fever and female sex were risk factors for the development of renal scars (fever - ODDS ratio = 6.19 and female sex - ODDS ratio = 4.12). There was a prevalence of renal scars in children over 2 years old. The interval between the beginning of the symptoms and the first medical visit was longer in the children with renal scars. New renal scars were observed in 12.5%.
Conclusionsfever and female sex were risk factors for the presence of renal scars, mainly in the dilated vesicoureteral reflux. The high incidence of renal scars in this study may be related to delayed diagnosis of vesicoureteral reflux.
verificar a incidência de cicatrizes renais em crianças com refluxo vesicoureteral primário, comparando com sexo, idade no diagnóstico, infecção febril, grau do refluxo e tipo de bactéria.
Métodosestudo retrospectivo de 58 crianças, com idade entre dois meses a 11 anos, apresentando refluxo vesicoureteral primário, detectado pela uretrocistografia miccional, após episódio documentado de infecção urinária. Diagnóstico de cicatriz renal foi obtido pela cintilografia com DMSA cinco meses, no mínimo, após o tratamento da infecção urinária; em 40 crianças, o exame foi repetido após período de seis meses a seis anos.
Resultados45 crianças (77,6 %) eram meninas e 13 (22,4 %) eram meninos, 51,7 % com idade menor ou igual a 2 anos. A incidência de cicatriz renal foi de 55,2 %. Houve maior proporção significativa de cicatrizes renais no sexo feminino, na presença do sintoma febre e no refluxo dilatado (III, IV e V). Presença de febre e sexo feminino foram fatores de risco significativos na ocorrência de cicatriz renal (febre - OR= 6,19, e sexo feminino - OR= 4,12). Houve tendência da presença de cicatriz renal em maiores de 2 anos. O intervalo entre início dos sintomas e a primeira consulta foi maior nas crianças com cicatrizes renais. Novas cicatrizes renais foram observadas em 12,5 %.
Conclusõesa presença de febre e sexo feminino foram fatores de risco para presença de cicatrizes renais, principalmente no refluxo vesicoureteral dilatado. A alta incidência de cicatrizes renais neste estudo pode estar relacionada ao retardo do diagnóstico do refluxo vesicoureteral.