To carry out nutritional evaluation of infants born to HIV-seropositive women during outpatient follow-up and diagnostic evaluations; to compare energy balance of HIV infected and noninfected children.
MethodsEnergy balance (caloric intake, fecal energy excretion, and resting energy expenditure) was prospectively determined by indirect calorimetry of 13 infants (6 girls and 7 boys), ages 1 through 6 months and born to HIV-positive women, at two different examinations: before and after diagnosis of seropositive children. A complete nutritional evaluation, including physical examination and anthropometric measurements (weight, height, and skinfold thickness), was also carried out before and after diagnosis. After diagnosis, children were divided into two groups: infected (5/13) and noninfected (8/13). Throughout the study, children were submitted to monthly clinical evaluations; also, nutritional orientation was given to parents.
ResultsIn analyzing anthropometric measurements of both groups, malnutrition was observed in the infected group at both examinations. Average resting energy expenditure of infected children was significantly higher than that of noninfected children at both examinations: 64.5 ± 16.8 and 48.0 ± 5.7 (P<0.05), respectively, at first examination, and 68.0 ± 11.7 and 51.8 ± 3.1 (P<0.05), respectively, at second examination.
ConclusionHigher resting energy expenditure of infected children could be responsible for protein energy malnutrition in this group of children, and it can be identified even before final HIV-positive diagnosis. This is important for establishing an early nutritional plan for children born to HIV-seropositive women.
A avaliação nutricional de lactentes filhos de mães soropositivas para o HIV foi efetuada durante seguimento clínico e investigação diagnóstica. Os balanços de energia (BE) das crianças infectadas e não-infectadas pelo HIV foram comparados.
MétodosAs determinações dos BE (energia ingerida, energia fecal e gasto energético de repouso, determinados por calorimetria indireta) foram realizadas prospectivamente em 13 lactentes filhos de mães soropositivas para o HIV (6 meninas e 7 meninos), com idades entre 1e 6 meses. Isso ocorreu em duas oportunidades: antes e depois da definição diagnóstica da criança. Uma avaliação nutricional completa, incluindo exame físico e medidas antropométricas (peso, estatura e pregas cutâneas), também foi realizada nessas duas etapas. Com a definição diagnóstica as crianças foram divididas em dois grupos: infectados (5/13) e não infectados (8/13). As crianças foram seguidas em ambulatório durante todo o estudo, e atendidas mensalmente para avaliação clínica e orientação.
ResultadosDo ponto de vista antropométrico, as crianças infectadas apresentaram maior comprometimento nutricional nas duas avaliações efetuadas. Os valores médios do gasto energético de repouso em kcal/kg/dia das crianças infectadas foram maiores que aqueles das não infectadas nas duas avaliações, de maneira significante: 64.5+16.8 vs 48.0+5.7 (p<0.05) na primeira e 68.0+11.7 vs 51.8+3.1 (p<0.05) na segunda avaliação, respectivamente.
ConclusõesO aumento do gasto energético de repouso do grupo das crianças infectadas pelo HIV deve ser considerado responsável pela desnutrição mais acentuada dessas crianças, podendo ser identificado precocemente, mesmo antes do diagnóstico definitivo da infecção pelo HIV. Essa constatação tem grande utilidade para o manuseio nutricional dessas crianças.