To assess the prevalence of middle ear alterations in cystic fibrosis (CF) patients.
MethodsIn this descriptive study, 120 CF patients aged 5 months to 18 years were assessed by clinical history, otoscopy, and tympanometry. Data on P. aeruginosa colonization and parenteral and/or inhaled aminoglycoside use were also collected from medical charts.
ResultsClinical history revealed absence of previous otitis media in 57% of patients. Tympanic membranes were normal in 94% of patients who underwent otoscopic evaluation; chronic otitis media was suggested in about 1% of the cases, otitis media with effusion (OME) in 2%, and Eustachian tube dysfunction in 3%. As for tympanometry, 91% of patients who underwent the exam showed normal results, OME was suggested in 2% of the cases, and Eustachian tube dysfunction in 7%.
ConclusionThere was a low prevalence rate of middle ear alterations in our series of CF patients. The use of aminoglycosides and colonization by P. aeruginosa did not influence the prevalence of middle ear alterations. Our results suggest that a detailed clinical history and a routine otoscopy evaluation may confirm or rule out most middle ear alterations in CF patients.
Avaliar a prevalência de alterações do ouvido médio em pacientes com fibrose cística (FC).
MétodosNeste estudo descritivo, 120 pacientes com FC com idade entre 5 meses e 18 anos foram avaliados por meio do histórico clínico, da otoscopia e da timpanometria. Dados sobre a colonização por P. aeruginosa e uso de aminoglicosídeos por via parenteral e/ou inalatória também foram coletados a partir dos prontuários médicos.
ResultadosO histórico clínico revelou ausência de otite média prévia em 57% dos pacientes. As membranas timpânicas estavam normais em 94% dos pacientes que se submeteram a avaliação otoscópica; foi sugerida otite média crônica em cerca de 1% dos casos, otite média com derrame (OMD) em 2%, e disfunção da tuba auditiva em 3%. Quanto à timpanometria, 91% dos pacientes que se submeteram ao exame apresentaram resultados normais, foi sugerida OMD em 2% dos casos, e disfunção da tuba auditiva em 7%.
ConclusãoHouve uma baixa taxa de prevalência de alterações do ouvido médio na nossa série de pacientes com FC. O uso de aminoglicosídeos e a colonização por P. aeruginosa não tiveram influência na prevalência das alterações do ouvido médio. Nossos resultados sugerem que um histórico clínico detalhado e uma avaliação otoscópica de rotina podem confirmar ou descartar a maior parte das alterações do ouvido médio em pacientes com FC.