To assess nutritional iron status and anemia prevalence in children less than 5 years old at public daycare centers in the city of Recife, PE, Brazil.
MethodsA cross-sectional study, with a systematic random sampling of 162 children aged 6 to 59 months. Nutritional iron status was assessed in terms of body iron reserves (serum ferritin), transferrinemia (serum iron, total iron binding capacity, and transferrin saturation %), erythropoiesis (free erythrocyte protoporphyrin) and hemoglobin production (hemoglobin).
ResultsThe prevalence of anemia (hemoglobin < 11.0 g/dL) was 55.6% (95%CI 47.3-63.5), evidence was found of depleted iron stocks (serum ferritin < 12.0 ng/mL) in 30.8% (95%CI 22.9-39.3), low transferrinemia levels (transferrin saturation % < 16) in 60.1% (95%CI 51.7-68.0) and deficient erythropoiesis (free erythrocyte protoporphyrin > 40 μmol/mol heme) in 69.6% (95%CI 61.0-77.1) of the children. Iron parameters were not correlated with sex (p > 0.05). However, children < 24 months exhibited lower hemoglobin concentrations (p < 0.00) and higher levels of free erythrocyte protoporphyrin (p < 0.000) and total iron binding capacity (p < 0.001) when compared with children > 24 months. The significant correlation observed between reserves, transferrinemia and erythropoiesis is a finding that is compatible with the expected lifecycle of iron in the body.
ConclusionsIron deficiency and anemia appear to be an important public health problem among children less than 5 years old at public daycare centers in Recife. Therefore, effective actions aimed at the prevention and control of this deficiency are strongly recommended in this ecological context.
Avaliar o estado nutricional de ferro e a prevalência de anemia em crianças menores de 5 anos de creches públicas da cidade do Recife (PE).
MétodosEstudo transversal, com amostra aleatória sistemática de 162 crianças, de 6 a 59 meses. O estado nutricional de ferro foi avaliado em termos de reservas corporais (ferritina sérica), transferrinemia (ferro sérico, capacidade total de ligação do ferro e % de saturação da transferrina), eritropoiese (protoporfirina eritrocitária livre) e hemoglobinogênese (hemoglobina).
ResultadosA prevalência de anemia (hemoglobina < 11,0 g/dL) foi de 55,6% (IC95% 47,3-63,5), a redução dos estoques de ferro (ferritina sérica < 12,0 ng/mL) foi evidenciada em 30,8% (IC95% 22,9-39,3), baixa transferrinemia (% de saturação da transferrina < 16) em 60,1% (IC95% 51,7-68,0) e eritropoiese deficiente (protoporfirina eritrocitária livre > 40 μmol/mol heme) em 69,6% (IC95% 61,0-77,1) das crianças. Os parâmetros de ferro não apresentaram correlação com o gênero (p > 0,05). No entanto, crianças < 24 meses apresentaram concentrações mais baixas de hemoglobina (p < 0,00) e níveis mais elevados de protoporfirina eritrocitária livre (p < 0,000) e de capacidade total de ligação do ferro (p < 0,001), quando comparadas às crianças > 24 meses. A significante correlação observada entre reserva, transferrinemia e eritropoiese representa achado compatível com o esperado ciclo de vida do ferro no organismo.
ConclusõesA deficiência de ferro e a anemia parecem ser um importante problema de saúde pública entre as crianças menores de 5 anos de creches públicas do Recife. Logo, ações efetivas direcionadas à prevenção e ao controle dessa deficiência são fortemente recomendadas nesse contexto ecológico.