: to determine ASO titer profile by establishing ARF differential diagnoses of other diseases with high levels of ASO antibodies.
Methodswe investigated 78 patients with ARF at onset and follow-up, 22 with isolated chorea at onset, 45 with recurrent oropharyngeal tonsillitis, and 23 with recent flare of juvenile idiopathic arthritis. We tested ASO with automated particle-enhanced immunonephelometric assay (Behring®-Germany). The ASO (IU/ml) titers were assessed at the following time intervals: 0-7 days, 1-2 weeks, 2-4 weeks, 1-2 months, 2-4 months, 4-6 months, 6-12 months, 1-2 years, 2-3 years, 3-4 years, and 4-5 years after onset of ARF.
ResultsASO titers in patients diagnosed with ARF had a significant increase up to the 2-4-month time interval (P<0.0001). Baseline levels were observed afterwards in patients under regular penicillin prophylaxis. The levels of ASO in ARF were also significantly higher than in patients with isolated chorea, recurrent oropharyngeal infections or juvenile idiopathic arthritis (P=0.0025), when age-matched samples of these groups were compared. The test's sensitivity was 73.3% and the specificity was 57.6%, and it was calculated taking into account the upper limit of normality at 320 IU/ml, as well as the established diagnosis of ARF. The test's specificity and positive predictive value increased with rising or higher titers, being higher with titers above 960 UI/ml.
Conclusionthis reappraisal of ASO profile in ARF patients indicates a remarkable response during the acute phase, and that points to the extent to which ASO levels may differentiate ARF from other diseases with high levels of ASO antibodies, as coincidental but unrelated streptococcal infection or chronic arthritis flareup.
Na criança, o Exame Neurológico muda sua expressão clínica de acordo com a faixa etária, acompanhando o amadurecimento cerebral. O Exame Neurológico Evolutivo (ENE) avalia o nível do desenvolvimento em que as funções neurológicas se encontram, assim como o desenvolvimento global neuropsicomotor. No caso de lesões ou disfunções do Sistema Nervoso Central, elas estarão alteradas. Dentro dos fatores que podem alterar a função cerebral, encontra-se a desnutrição.
ObjetivoEstudar uma amostra representativa de escolares de 1ª série/1º grau de Porto Alegre com o intuito de estabelecer seu desempenho neurológico e investigar a associação entre o perfil neurológico e o estado nutricional.
MétodosFoi realizado um estudo observacional, analítico e de delineamento transversal em uma amostra aleatória e proporcional de todos os escolares (n = 35521) de 1ª série/1º grau de Porto Alegre, distribuídos na rede estadual (64,7%), na rede municipal (11,9%) e na rede particular (23,4%). O tamanho da amostra foi calculado para uma precisão de medida de ± 3% (para 95% de intervalo de confiança) para uma prevalência prevista de disfunção cortical de 10%. A amostra ficou constituída de 310 crianças da rede estadual, 58 da rede municipal e 116 crianças das escolas particulares. As crianças foram submetidas a avaliação individual na própria escola. Foi aferido sexo, idade, raça, estado nutricional e escola de origem. O exame neurológico foi feito em todas crianças, avaliando-se psiquismo, linguagem, fácies, atitude, equilíbrio, tono, motricidade voluntária, motricidade reflexa, motricidade passiva, sensibilidade e nervos cranianos. O ENE avaliou linguagem, lateralidade, equilíbrio estático, equilíbrio dinâmico, coordenação apendicular, persistência motora, sensibilidade e gnosias, e coordenação tronco-membros. Foi obtido consentimento das Secretarias de Educação Estadual e Municipal e da direção das escolas particulares. Aplicou-se o teste do qui-quadrado e ANOVA.
ResultadosOs itens do ENE encontravam-se abaixo do esperado para a idade entre 11,4% e 38,2% das crianças, sendo que o mais atingido foi sensibilidade e gnosias (38,2%) e o menos comprometido foi persistência motora (11,4%), não havendo diferenças entre meninos e meninas. As crianças que tiveram os índices altura para a idade (A/I) e peso para a idade (P/I) mais baixos mostraram associação com distúrbio de função cortical.
ConclusõesA desnutrição crônica foi um fator de risco para o desempenho da função cerebral e para um bom desenvolvimento neuropsicomotor.