To describe the experience of the emergency department of a pediatric hospital with rapid sequence intubation (RSI) and to identify the factors associated with successful intubation.
MethodsThis prospective, observational, cross-sectional study conducted from July 2005 to December 2007 consisted of collection of data regarding tracheal intubations performed at the emergency department of Instituto da Criança of Hospital das Clínicas, School of Medicine, Universidade de São Paulo. Successful tracheal intubations were the ones performed at the first attempt.
ResultsOne-hundred and seventeen tracheal intubations were performed; 80% of them were RSIs; 79% of patients had underlying diseases; acute respiratory failure was the cause of tracheal intubation in 40%; success rate was 39%; second-year pediatric resident physicians were responsible for 74% of tracheal intubations; positive pressure ventilation was performed in 74% of procedures, with less frequent use among patients who were successfully intubated (p = 0.002). Midazolam was the sedative used in 80% of procedures, and rocuronium was the neuromuscular blocker in 100%; complications of RSI were described in 80% of intubations, with decreased oxygen saturation being reported in 47% and lower decrease in those patients successfully intubated (p < 0.001); difficulties related to tracheal intubation were less frequent in the successful procedures (p < 0.001).
ConclusionRSI is the method of choice for tracheal intubations performed in the emergency department (80%). In spite of the low success rate (39%) in the present study, RSI has proven to be a safe method, with a low incidence of severe complications. The success of tracheal intubation using RSI seems to be directly related to the preparation of the procedure and the health professional's experience. Thus, we conclude that further training of resident physicians and health professionals working in the emergency department is required.
Descrever a experiência do pronto-socorro de um hospital pediátrico com a sequência rápida de intubação e detectar os fatores associados ao sucesso.
MétodosEstudo prospectivo transversal observacional de julho de 2005 a dezembro de 2007, de coleta de dados das intubações traqueais realizadas no pronto-socorro do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Foi considerada intubação traqueal com sucesso aquela realizada na primeira tentativa.
ResultadosForam realizadas 117 intubações traqueais, 80% sob sequência rápida de intubação; 79% eram portadores de doenças de base; a insuficiência respiratória aguda foi a causa da intubação traqueal em 40%; a taxa de sucesso foi de 39%; o residente de pediatria do segundo ano foi o responsável por 74% das intubações traqueais; foi realizada ventilação com pressão positiva em 74% dos procedimentos, sendo menor a sua utilização entre os pacientes que foram intubados com sucesso (p = 0,002). Midazolam foi o sedativo utilizado em 80% dos procedimentos, e rocurônio foi o bloqueador neuromuscular em 100%; complicações decorrentes da sequência rápida de intubação foram descritas em 80%, sendo a queda da saturação de oxigênio relatada em 47% e menor nos pacientes intubados com sucesso (p < 0,001); dificuldades relativas à intubação traqueal foram menos relatadas nos procedimentos com sucesso (p < 0,001).
ConclusãoA sequência rápida de intubação foi o método de escolha nas intubações traqueais realizadas no pronto-socorro (80%) e demonstrou ser um método seguro e com baixa incidência de complicações graves, apesar de ter apresentado baixa taxa de sucesso (39%) neste estudo. O sucesso da intubação traqueal com sequência rápida de intubação parece estar diretamente relacionado ao preparo adequado do procedimento e experiência do profissional, podendo-se concluir que é necessário maior treinamento dos residentes e dos assistentes envolvidos no atendimento de emergência.