To investigate associations between mouth breathing (MBr), nose breathing (NBr) and body posture classification and clinical variables in children and adolescents, by comparing patients with mouth breathing syndrome with a control group of similar age.
MethodsThis was an observational, analytical, controlled, cross-sectional study conducted at a university hospital. Children aged 5 years or more were recruited to one of two groups: healthy controls (NBr) or an MBr group. The MBr group comprised patients with a diagnosis of mouth breathing syndrome confirmed by clinical examination by a physician plus nasal endoscopy. The control group comprised healthy volunteers of the same age, with NBr confirmed by medical examination. All participants underwent postural assessment. Data were analyzed using the Mann-Whitney nonparametric test, the chi-square test and Fisher’s exact test, to a significance level of 0.05%.
ResultsA total of 306 MBr and 124 NBr were enrolled. Mouth breathers were more likely to be male (p = 0.0002), have more frequent and more severe nasal obstruction and larger tonsils (p = 0.0001) than NBr. Mouth breathers also exhibited higher incidence rates of allergic rhinitis (p = 0.0001), of thoracic respiratory pattern (p = 0.0001), high-arched palate (p = 0.0001) and unfavorable postural classifications (p = 0.0001) with relation to the control group. Postural classification scores were directly proportional to nasal obstruction (p = 0.0001) and male sex (p = 0.0008).
ConclusionsPostural problems were significantly more common among children in the group with mouth breathing syndrome, highlighting the need for early interdisciplinary treatment of this syndrome.
Verificar a associação do tipo respiratório oral (RO) e nasal (RN) e da classificação da postura corporal em variáveis clínicas de crianças e adolescentes com a síndrome do respirador oral, em relação a um grupo-controle de mesma faixa etária.
MétodosEstudo analítico do tipo observacional e transversal, com grupo-controle, realizado em hospital universitário. Foram incluídas crianças maiores de 5 anos, distribuídas em dois grupos: controle saudável (RN) e grupo RO. O grupo RO incluiu pacientes com diagnóstico de síndrome do respirador oral confirmado por exame clínico médico e nasofibroscopia. Participaram do grupo-controle voluntários saudáveis da mesma faixa etária, cujo tipo RN foi confirmado por avaliação médica. Todos os participantes foram submetidos à avaliação postural. Para análise dos dados, foram utilizados os testes: não paramétrico de Mann-Whitney, qui-quadrado e exato de Fisher, considerando-se nível de significância de 0,05%.
ResultadosForam incluídos 306 RO e 124 RN. O tipo RO conferiu maior prevalência no gênero masculino (p = 0,0002), maior grau e frequência de obstrução nasal e tamanho das amígdalas (p = 0,0001) em comparação ao RN. Também apresentou maior incidência de rinite alérgica (p = 0,0001), padrão respiratório torácico (p = 0,0001), palato ogival (p = 0,0001) e classificação postural desfavorável (p = 0,0001) em relação ao grupo-controle. Os índices de classificação postural foram diretamente proporcionais à obstrução nasal (p = 0,0001) e ao gênero masculino (p = 0,0008).
ConclusõesAlterações posturais foram significativamente mais frequentes nas crianças do grupo com síndrome do respirador oral, o que reforça a necessidade de precocidade no tratamento interdisciplinar dessa síndrome.