To assess pulmonary function in children and adolescents subjected to correction of rheumatic valve disease in order to quantify changes caused by factors inherent to surgery and rheumatic heart disease.
MethodsThis was a longitudinal and quantitative intervention study, undertaken at a children's hospital that is a center of excellence for the state of Pernambuco (Instituto Materno Infantil de Pernambuco), between December 2004 and May 2005. Eighteen children suffering from rheumatic fever and indicated for surgery to repair or replace the mitral valve were assessed preoperatively and again on the first and fifth postoperative days. The parameters recorded were minute volume, rapid shallow breathing index, peak expiratory flow, forced vital capacity and inspiratory capacity.
ResultsAll patients were aged 8 to 17 years (mean 12.4±2.1), they had a mean body mass index of 16.1±2.2, and were weaned off invasive mechanical ventilation during the first 10 postoperative hours. All parameters had undergone significant deterioration on the first day (statistically significant, p ≤ 0.01), demonstrating gradual improvement up to the last day of assessment, although, with the exception of minute volume which was no longer significantly different from the fourth day onwards (p > 0.01), without returning to baseline levels.
ConclusionWe observed that the pulmonary dysfunction that results from this type of heart surgery is maintained until at least the fifth postoperative day. It appears that this dysfunction is influenced by the pain and mechanical alterations caused by sternotomy and reduced pulmonary compliance post surgery.
Avaliar a função pulmonar de crianças e adolescentes submetidos a correções cirúrgicas de valvulopatias reumáticas, a fim de quantificar as alterações proporcionadas pelos fatores inerentes à cirurgia e à cardiopatia reumática.
MétodosEstudo de avaliação prospectiva quantitativa de caráter longitudinal, realizado em um hospital infantil de referência estadual (Instituto Materno-Infantil de Pernambuco), no período de dezembro de 2004 a maio de 2005. Dezoito crianças, portadoras de febre reumática, submetidas a troca ou reconstrução de válvula mitral, foram avaliadas quanto à função pulmonar, antes e do primeiro ao quinto dia após a cirurgia. Os parâmetros avaliados foram: volume minuto, índice de respiração rápida e superficial, pico de fluxo expiratório, capacidade vital forçada e capacidade inspiratória.
ResultadosTodos os pacientes tinham entre 8 e 17 anos (idade média de 12,4±2,1), apresentavam um índice de massa corpórea médio de 16,1±2,2 e foram desmamados da ventilação mecânica invasiva nas primeiras 10 horas de pós-operatório. Todos os parâmetros encontraram-se expressivamente deteriorados no primeiro dia de pós-operatório (estatisticamente significativos com valores de p ≤ 0,01), apresentando gradativas melhoras até o último dia da avaliação, embora sem retornar aos valores basais, exceto o volume minuto, que, a partir do quarto dia de pós-operatório, retornou aos valores pré-operatórios em termos estatísticos (p > 0,01).
ConclusãoObservamos que a disfunção pulmonar, proveniente dessa cirurgia cardíaca, se mantém até o quinto dia de pós-operatório e parece ser influenciada pela dor e alteração mecânica provenientes da esternotomia e pela diminuição da complacência pulmonar, ocorridas no pós-operatório.