To evaluate the efficacy of dexamethasone as an auxiliary therapeutic tool to the antibiotics in hospitalized children with meningococcal meningitis.
MethodsA retrospective clinical comparative study was undertaken with children from a pediatric ward affected by laboratory proved meningococcal meningitis at a university hospital. Cases of children in state of shock at admission or deceased in the first 24 hours were excluded. During the period from 1987 to 1989 33 children were treated only with antibiotics (group A), while from 1990 to 1993 other 66 children received additionally dexamethasone (12mg/m2/24h) by intravenous route during four days beginning at the admission to the hospital (group B). The two groups were evaluated at baseline through prognostic scores and analysis of their clinical and laboratorial characteristics obtained from data recorded at the admission. The parameters to evaluate dexamethasone efficacy were the comparative number of neurologic and systemic complications detected at the hospital, and the liquoric profile (leukocyte count, glucose and protein content) verified between day 9 and day 11 of hospitalization.
ResultsThe profile of the two groups (A and B) were homogeneously evaluated by the illness severity scores and their clinical and laboratorial characteristics. Nine complications were recognized in group A (27.2%) and 21 (31.8%) among those of group B, difference not significant. Likewise, there were not observed liquoric differences between the two groups related to the chimiocytologic pattern.
ConclusionsNo effect of dexamethasone therapy to prevent neurologic and systemic meningococcal meningitis complications was observed during hospitalization. Similarly no favorable effect in relation to the liquoric pattern verified between day 9 and day 11 of hospitalization was recognized.
Avaliar a eficácia da dexametasona como terapêutica adjuvante à antibioticoterapia nas crianças internadas com meningite meningocócica.
MétodosFoi realizado estudo clínico retrospectivo, comparativo, com crianças internadas na enfermaria de pediatria de hospital universitário por meningite meningocócica comprovada laboratorialmente. Foram excluídos os casos que apresentaram estado de choque à internação ou faleceram nas primeiras 24 horas de internação. Durante o período de 1987 a 1989, foram tratadas 33 crianças somente com antibióticos (grupo A), enquanto que, de 1990 a 1993, 66 crianças receberam adicionalmente dexametasona (12mg/m2/24h) por via endovenosa durante quatro dias a partir da internação (grupo B). Os dois grupos foram avaliados quanto à homogeneidade através de índices prognósticos e análise de características clínicas e laboratoriais, a partir dos registros obtidos à internação. Os parâmetros utilizados para analisar a eficácia terapêutica da dexametasona foram o número de complicações neurológicas e sistêmicas detectadas nos dois grupos durante a internação; e valores liquóricos (contagem de leucócitos, glico e proteinorraquia) verificados entre o 9o e 11o dia de hospitalização.
ResultadosO perfil dos dois grupos constituídos (A e B) foi homogêneo quanto à gravidade e características clínico-laboratoriais. Foram reconhecidas 9 complicações entre as crianças do grupo A (27,2%) e 21 (31,8%) entre as do grupo B, diferença não significativa. Também não foram observadas diferenças entre os dois grupos nos valores quimiocitológicos do líquor obtido entre o 9o e 11o dia de internação.
ConclusãoNão foi constatada eficácia da dexametasona na prevenção das complicações neurológicas e sistêmicas da meningite meningocócica em crianças durante a hospitalização.Também não foi observado efeito favorável em relação ao padrão liquórico verificado entre o 9o e 11o dia de hospitalização.