: To compare morbidity and mortality in very low birthweight infants admitted to public and private intensive care units in Montevideo, Uruguay.
Methods: Longitudinal design. All very low birth weight infants born in public hospitals of Montevideo between May 1st and October 31st, 1999, were included in the study and followed up until they were discharged from hospital, or died. The quality of care, and morbidity and mortality rates obtained in private intensive care units were compared with those observed in public intensive care units (infants who were never transferred).
Results: Of 141 infants, 19 were excluded from the study (13 died at the delivery room and six were transferred to intensive care units of other public hospitals). Of the remaining 122 infants, 61 were kept at the intensive care units of public hospitals, and 61 were transferred to a private unit. The infants who were transferred presented lower gestational age and increased neonatal depression. However, mortality among infants treated at intensive care units of public hospitals was twice as high (Hazard Ratio 1.8; 95%CI 1.1-3.4; P=0.04), especially in infants who weighed less than 1,000g (Hazard Ratio 2.4; 95%CI 1.1-5.5; P=0.04).
Conclusions: The health status of very low birth weight infants treated at intensive care units of public and private hospitals in Montevideo, Uruguay, was assessed. Mortality was lower, and health care was better in neonatal units of private hospitals.
comparar a morbi-mortalidade dos recém-nascidos de muito baixo peso atendidos em unidades de cuidados intensivos dos setores público e privado de Montevidéu, Uruguai.
Métodosdelineamento longitudinal. Foram incluídos os recém-nascidos de muito baixo peso do setor público, nascidos entre 1º de maio e 31 de outubro de 1999, sendo acompanhados até a alta hospitalar ou óbito. Foi comparada a atenção recebida, a morbidade e a mortalidade das crianças transferidas imediatamente após o nascimento a unidades de atenção do setor privado, com aquelas que permaneceram sendo atendidas em unidades do setor público, sem terem sido nunca transferidas.
Resultadosde 141 crianças nascidas no período, 19 foram excluídas (13 óbitos em sala de parto e 6 nascidas no setor público transferidas a unidades públicas). Dos 122 incluídos, 61 permaneram nas unidades dos hospitais públicos de nascimento e 61 foram transferidos para unidades do setor privado. As crianças transferidas foram mais prematuras e tiveram mais depressão neonatal. Entretanto, a mortalidade no grupo que permaneceu nos hospitais públicos foi quase duas vezes maior (Hazard Ratio 1,8; IC95% 1,1-3,4; p=0,04), fundamentalmente nos menores de 1.000 g (Hazard Ratio 2,4; IC95% 1,1-5,5; p=0,04).
Conclusõesfoi realizada uma avaliação da situação de saúde de recém-nascidos de muito baixo peso atendidos em unidades de cuidados intensivos neonatais dos setores público e privado de Montevidéu, Uruguai. Houve uma menor mortalidade das crianças atendidas no setor privado, e algumas evidências de que a qualidade de atenção é melhor neste setor.