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Vol. 75. Núm. S1.
Páginas 135-148 (julho - agosto 1999)
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Aspectos práticos na prevenção da raiva humana
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Wagner A. da Costaa
a Médico do Instituto Pasteur; Sec. de Estado da Saúde de São Paulo.
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Abstract
Objective

To analyze rabies in Brazil, and to study the indication and the most adequate post exposure therapy for human rabies prophylaxis according to the following factors: kind of accident; animal that caused the accident; rabies in the geographic area; possibility of observation or laboratory analysis of the animal; availability of immunobiological drugs.

Methods

Review and analysis of recent literature and the main official technical reports in the world, such as those from the World Health Organization, from the Brazilian Health Ministry, and the State Department of Health of São Paulo, Brazil.

Conclusions

The number of cases of human rabies in Brazil has decreased since the 80s. However, the number of cases of post exposure therapy is very high due to the inadequate program of rabies control in animals, mainly dogs and cats. The most common vaccine is the Fuenzalida-Palácios. More modern and safer vaccines are available only in private clinics, while in public health centers it is available exclusively for special patients, such as those with immunodeficiency or those who present adverse reaction to the Fuenzalida-Palácios. The other drug used in preventive therapy is the equine rabies immunoglobulin, which is presently a safe product. The alternative to this drug is the human rabies immunoglobulin - very expensive and not easily available. This drug is not used in Brazilian public health centers, unless there is risk of anaphylaxis for the patient with the use of the equine immunoglobulin.

Resumen
Objetivo

Analisar a situação da raiva humana no Brasil e discutir a indicação e a escolha do esquema mais adequado do tratamento de prevenção da raiva humana, pós exposição, em função do tipo de acidente; do animal agressor; da situação da raiva na área geográfica; da possibilidade de observação ou de exame laboratorial do animal agressor; da disponibilidade de imunobiológicos.

Métodos

Revisão bibliográfica dos últimos anos e análise das principais normas e informes oficiais de prevenção da raiva humana, incluindo Organização Mundial de Saúde, Ministério da Saúde do Brasil, Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, etc.

Conclusões

O número de casos de raiva humana, no Brasil, vem diminuindo desde a década de 80, mas o número de tratamentos humanos pós-exposição prescritos é muito alto em decorrência de programas inadequados de controle da raiva animal, principalmente em cães e gatos. A vacina mais utilizada no país é à Fuenzalida-Palácios. Outras vacinas mais modernas, seguras e mais caras são disponíveis somente em clínicas particulares ou, nos programas de saúde pública, apenas para situações especiais (imunodeprimidos, pacientes com reações graves a Fuenzalida-Palácios, etc.). O outro imunobiológico utilizado na prevenção da raiva é o soro anti-rábico de origem animal; atualmente é um produto seguro. A opção ao soro anti-rábico é a imunoglogulina humana anti-rábica, produto caro e pouco disponível mundialmente. No Brasil, vem sendo indicada apenas quando há risco para o paciente de reação anafilática ao soro.

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