To describe the prevalence of asthma and asthma variants in schoolchildren from Recife in 2002, and to compare these data with data from 1994-95; to analyze the relationship between maternal schooling and the presence of asthma or worsening asthma; and to evaluate the diagnostic accuracy of the yearly prevalence of wheezing as an asthma indicator.
MethodsCross-sectional study. A probabilistic sample of 3,086 and 2,774 13- and 14-year-old students answered a written questionnaire in 1994-95 and 2002, as part of the International Study of Asthma and Allergies in Childhood.
ResultsThe following prevalence rates were observed in 1994-95 and 2002, respectively: cumulative prevalence of referred asthma: 21 vs 18.2%; cumulative prevalence of wheezing: 39 vs 38%; yearly prevalence of wheezing: 19.7 vs 19.4%; yearly prevalence of night cough: 31 vs 38%; yearly prevalence of exercise-induced wheezing: 20.6 vs 23.8%. The yearly prevalence of asthma attacks was 16.3 vs 15.2% for 1 to 3 attacks; 2.7 vs 1.2% for 4 to 12 attacks; and 1 vs 0.4% for more than 12 attacks. The yearly prevalence of attacks that disturbed sleep was 13 and 10.3%. The yearly prevalence of attacks with compromised speech was 4.8 and 4.1%. Higher levels of maternal schooling were related to higher cumulative prevalence of referred asthma and to cumulative and yearly prevalence of wheezing.
ConclusionThe prevalence of asthma and its severe forms is high in teenager students in Recife. It is also related to higher levels of maternal schooling.
Descrever a prevalência atual (2002) de asma e suas variantes em escolares da cidade do Recife, comparando os dados com o período de 1994-95; analisar a relação entre instrução materna e o surgimento ou o agravamento da asma; e avaliar a acurácia diagnóstica da prevalência anual de sibilância como indicador de asma.
MétodosEm um corte transversal, estudou-se, por questionário escrito, uma amostra probabilística de escolares de 13 e 14 anos em Recife, em 1994-95 (n = 3.086) e 2002 (n = 2.774), como parte do projeto ISAAC (International Study of Asthma and Allergies in Childhood).
ResultadosEm 1994-95 e 2002, as prevalências foram, respectivamente: cumulativa de asma referida, 21 e 18,2%; cumulativa de sibilância, 39 e 38%; anual de sibilância, 19,7 e 19,4%; anual de tosse equivalente de asma, 31 e 38%; anual de sibilância desencadeada por exercício, 20,6 e 23,8%. A prevalência anual de crises, estratificada em 1 a 3, 4 a 12 e mais de 12 foi: 16,3, 2,7 e 1% em 1994-95 e 15,2, 1,2 e 0,4% em 2002. A prevalência anual de crises que comprometeram o sono foi, respectivamente, de 13 e 10,3%; a prevalência de crises com prejuízo da fala foi de 4,8 e 4,1%. Nível mais elevado de instrução materna associou-se a maior prevalência cumulativa de asma referida, prevalência cumulativa e anual de sibilância.
ConclusõesA prevalência de asma e suas formas graves é elevada em escolares adolescentes do Recife e está associada a maior instrução materna.