To study the reasons for weaning given by women receiving care at a Baby-Friendly Maternity in Teresina, state of Piauí, Brazil.
MethodsThe methodological principles of qualitative research were applied, supported by the social representation theory. Data were collected from 24 women who were in the process of weaning their babies before the 4th month of life.
ResultsThe decision-making process that leads women to wean their babies is complex and guilt-ridden. The following reasons for weaning were mentioned: having weak or little milk; puerperal problems affecting the breasts; lack of experience; disparity between the needs of the mother and the needs of the baby; external factors; work; ambiguity between wish/capacity to breastfeed and between burden/desire.
ConclusionsA sense of solitude/isolation on the part of the mother and the need for support, not only from health services, but also from other segments of society, were conveyed in all interviews. The model of health care providing should be amended so as to treat breastfeeding as an act to be learned by women and protected by society.
Estudar as alegações para o desmame entre mulheres assistidas em uma maternidade Amiga da Criança, em Teresina, Piauí.
MetodologiaAdotou-se os preceitos metodológicos da pesquisa qualitativa em saúde, utilizando como referencial teórico a teoria das representações sociais. Ao todo, entrevistou-se 24 mulheres que se encontravam em processo de desmame antes do 4º mês de vida do bebê.
ResultadosA análise compreensiva permitiu revelar que a tomada de decisões que leva as mulheres ao desmame se dá de maneira complexa e carregada de culpa. Dentre os motivos alegados, figuraram leite fraco ou pouco, intercorrências de mama puerperal, falta de experiência, inadequação entre as suas necessidades e as do bebê, interferências externas, trabalho, ambigüidade entre o querer/poder amamentar e entre o fardo/desejo.
ConclusõesA solidão/isolamento da mulher-mãe e a necessidade de obter apoio para a consecução dessa prática, não só por parte do serviço de saúde como também dos outros segmentos da sociedade, se fizeram presentes de forma uniforme nas entrevistas. Nesta perspectiva, vale atentar para a necessidade de reformulações do modelo assistencial ora vigente, no sentido de considerar a amamentação como um ato que precisa ser aprendido pela mulher e protegido pela sociedade.