Considering that the brain abscess is rare in infants, with a high mortality rate, the objective of this paper is to report the clinical evolution of ten children with the diagnosis of brain abscess in the Pediatric Nursery of the Hospital das Clínicas of the Medical School of the Campinas State University (UNICAMP).
MethodsThe data of the patients with diagnosis of brain abscess recorded between January 1986 and July 1995 were reviewed. The following data were analyzed: age, sex, clinical manifestations, physical examination, radiological data, etiological agent, treatment, complications and clinical evolution of the patients.
ResultsThe age of the patients varied from 2 to 13 years (median 3 years); 6 of them were female. The neurological manifestations predominated, and 2 patients had history of prior otorhinolaryngological infection (chronic otitis media and sinusitis). Two patients had congenital cyanogenic cardiopathy (Fallot tetralogy and Pulmonary Stenosis with Interventricular Communication). The diagnosis and follow-up were made with computed tomography of the brain. In six cases there were one sole abscess located more frequently in the frontal lobe. The treatment in majority of the cases was broad-spectrum antibiotic association and surgical drainage. Five patients had neurological sequelae (seizure, hydrocephalus and paresis); one death occurred.
ConclusionsAlthough rare, the brain abscess has to be remembered in patients that have neurological alterations associated to risk factors, as otorhinolaryngological infections and congenital cyanotic cardiopathy, being mandatory the realization of computed tomography of the brain to confirm the diagnosis.
Analisar fatores que podem interferir no resultado de hemocultura em uma população pediátrica, face à existência de poucos relatos de padronização de hemocultura em Pediatria.
MétodosDurante três meses, 100 amostras de hemoculturas, colhidas na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do H.C./UNICAMP foram analisadas em relação a local e modo de coleta, idade dos pacientes, diagnóstico clínico, tipo de antisséptico utilizado, uso prévio de antibiótico e volume de sangue coletado por amostra.
ResultadosDuas amostras de hemocultura foram suficientes para o diagnóstico de bacteremia. A positividade das amostras teve relação com a idade dos pacientes. A taxa de contaminação, em relação ao número total de amostras, foi de 5%. Todas as amostras falso-positivas foram colhidas em menores de um ano de idade. A hemocultura diagnosticou bacteremia por agentes multirresistentes, mesmo nos pacientes que faziam uso de antibiótico.
ConclusãoA contaminação das amostras (ou falso-positivos) teve relação com a idade dos pacientes e, possivelmente, com as dificuldades técnicas para a coleta da amostra de sangue. Ficaram demonstradas, também, a interferência da antibioticoterapia na positividade das hemoculturas e, principalmente, para os pacientes em terapia intensiva, a importância das hemoculturas quando o paciente está em uso de antibiótico, para a identificação de microrganismos multirresistentes. Devido à importância da hemocultura, conhecendo-se os fatores que interferem no resultado, deve-se realizar uma análise crítica em relação a indicação e coleta do exame, para evitar iatrogenias para os pacientes.