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Vol. 86. Núm. 06.
Páginas 465-472 (novembro - dezembro 2010)
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Páginas 465-472 (novembro - dezembro 2010)
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A transição de adolescentes com HIV/AIDS para a clínica de adultos: um novo desafio
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Daisy Maria Machadoa, Regina C. Succib, Egberto Ribeiro Turatoc
a Professora afiliada, Disciplina de Infectologia Pediátrica, Departamento de Pediatria, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP.
b Livre docente, Disciplina de Infectologia Pediátrica, Departamento de Pediatria, UNIFESP, São Paulo, SP.
c Livre docente, Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP.
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Abstract
Objective

To review the literature on transition from pediatric to adult-oriented health care and discuss this issue in the specific context of chronic conditions.

Sources

MEDLINE and LILACS were searched for relevant English and French-language articles published between 1990 and 2010.

Summary of the findings

The transition of adolescents with chronic diseases from pediatric care to adult-oriented services has been a growing concern among pediatric specialties. In recent years, young people living with HIV/AIDS have begun to reach adulthood, giving rise to several challenges. The studies reviewed herein discuss such relevant topics as: the difference between transfer, an isolated event, and transition, a gradual process; the transition models used in different services; the importance of transitioning in a planned and individualized manner; the need for comprehensive interaction between pediatric and adult-oriented care teams; the importance of joint participation of adolescents, their families, and health professionals in the process; barriers to and factors that promote successful transitions; and the special needs of adolescents with HIV/AIDS in this important period of life.

Conclusions

Several authors agree that transitioning adolescents to adult-oriented health care should be a gradual process not determined by age alone. It requires a plan established with ample dialogue among adolescents, their families, and pediatric and adult care teams. However, there is little evidence to support any specific model of health care transition. This should prompt researchers to conduct more prospective studies on the theme, especially in more vulnerable groups such as adolescents living with HIV/AIDS.

Resumen
Objetivo

Revisar a literatura sobre transição de adolescentes da pediatria para a clínica de adultos, com enfoque na clínica da AIDS, discutindo o tema no contexto das doenças crônicas.

Fontes dos dados

A pesquisa bibliográfica utilizou os bancos de dados MEDLINE e LILACS (1990-2010), selecionando artigos disponíveis em inglês ou francês.

Síntese dos dados

A transição de adolescentes com doenças crônicas, sempre atendidos por pediatras, para os serviços de adultos, tem sido uma crescente preocupação nas diversas especialidades pediátricas. Mais recentemente, jovens vivendo com HIV/AIDS estão atingindo essa fase e apresentando diversas dificuldades. Os estudos avaliados nessa revisão discutem alguns tópicos relevantes, como: a diferença entre transferência, um evento isolado, e transição, um processo gradual; os modelos utilizados nos diversos serviços; a importância de a transição ser feita de maneira planejada e individualizada; a necessidade de ampla interação entre as equipes pediátricas e os serviços de adultos; a importância da participação conjunta dos adolescentes, familiares e profissionais de saúde; as barreiras e os fatores que favorecem uma transição bem-sucedida; as necessidades e particularidades dos adolescentes com HIV/AIDS nesse momento importante de mudanças.

Conclusões

Vários autores concordam que a transição de adolescentes para os serviços de adultos deva ser um processo gradual, não determinado apenas pela idade. É preciso um planejamento que envolva adolescentes, familiares e equipe dos serviços pediátricos e de adultos. No entanto, há pouca evidência que privilegie um modelo específico de transição, o que lança o desafio para a realização de mais estudos prospectivos sobre o tema, especialmente em grupos de maior vulnerabilidade, como o de adolescentes vivendo com HIV/AIDS.

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