TY - JOUR T1 - Clinical and epidemiological aspects of microcephaly in the state of Piauí, northeastern Brazil, 2015‐2016 JO - Jornal de Pediatria T2 - AU - Almeida,Isabel Marlúcia Lopes Moreira de AU - Ramos,Carmen Viana AU - Rodrigues,Danielle Carvalho AU - Sousa,Amanda Carvalho de AU - Nascimento,Maria de Lourdes Cristina Alcântara Paz Carvalho do AU - Silva,Marcos Vilhena Bittencourt da AU - Batista,Francisca Miriane Araújo AU - Santos,Jéssica Pereira dos AU - de Oliveira,Roselane Sampaio AU - Soares,Filipe Augusto de Freitas AU - Xavier,Samanta Cristina das Chagas AU - Carvalho‐Costa,Filipe Anibal SN - 22555536 M3 - 10.1016/j.jpedp.2018.08.009 DO - 10.1016/j.jpedp.2018.08.009 UR - https://jped.elsevier.es/pt-clinical-epidemiological-aspects-microcephaly-in-articulo-S2255553618301459 AB - ObjetivosDescrever os aspectos da epidemia de microcefalia no Estado do Piauí. MétodosForam incluídos todos os casos de microcefalia congênita confirmados no estado entre 2015‐2016 (n = 100). Os formulários de investigação do Centro Regional de Referência em Microcefalia foram analisados. Os casos descartados (n = 63) foram usados como grupo de comparação. ResultadosEm outubro, novembro e dezembro de 2015, as taxas de incidência atingiram 4,46, 6,33 e 3,86/1.000 nascidos vivos, respectivamente; 44 casos foram relatados na capital do estado. Entre as mães de casos confirmados e descartados, a frequência de erupção cutânea durante a gravidez foi 50/97 (51,5%) e 8/51 (15,7%), respectivamente (p < 0,001); 33 casos confirmados (35,9%) apresentaram um escore z de perímetro cefálico entre -2 e -3, 23 (25%) entre -3 e -4 e 8 (8,7%) apresentaram escore z inferior a -4. As tomografias computadorizadas cerebrais revelaram calcificações em 78/95 (82,1%) dos casos. Lisencefalia, hidrocefalia e agenesia do corpo caloso também foram observadas com mais frequência. Os achados oftalmológicos incluíram rarefação e atrofia do epitélio pigmentar da retina. Foram observadas ausência de emissões otoacústicas em 21/70 casos. Um recém‐nascido também apresentou atrofia muscular dos membros inferiores. Não houve diferenças significativas nas taxas de vacinação para gripe, vacina difteria tétano e coqueluche acelular e hepatite B em qualquer grupo. ConclusõesO Estado do Piauí, como outros na região Nordeste, enfrentou, entre 2015 e 2016, uma epidemia de microcefalia congênita, supostamente relacionada à infecção congênita pelo vírus Zika, mais intensa na capital. Os desafios atuais incluem melhora do controle de vetores, pesquisa básica, ampliação de ferramentas de diagnóstico para exame pré‐natal do vírus Zika, vacinas e cuidados de saúde para crianças afetadas. ER -